O governador André Puccinelli (PMDB) explicou melhor o que pretende com o movimento PMDB rumo ao Planalto, lançado por ele no sábado passado, durante convenção do partido em Campo Grande. A intenção é levar um candidato do partido à Presidência da República, como o nome sugere. Mas não significa que essa candidatura já seja lançada no ano que vem. Pode ser para 2014.

Com isso, André não fecha questão com a candidatura própria do PMDB, defendida por uma ala que até já lançou um pré-candidato, o governador do Paraná, Roberto Requião. E deixa aberta a possibilidade de apoiar a aliança do PMDB com o PT em nível nacional, em torno da candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

O governador só acha que o PMDB precisa se conscientizar de que não pode sobreviver como coadjuvante a vida toda. Precisa construir condições de chegar ao Planalto. “Quanto mais tempo demorar para entrar em campo, mais torcida vai perder. Um dia o PMDB tem que marchar rumo ao Planalto”, disse André.

O PMDB elegeu o último presidente pelo sistema indireto, em que só votavam deputados, senadores e alguns representantes dos estados. O governador mineiro Tancredo Neves derrotou o candidato da ditadura militar Paulo Maluf (PDS) no Colégio Eleitoral, em 15 de novembro de 1984, mas não tomou posse no dia 15 de março de 1985 porque estava hospitalizado.

O vice José Sarney, da Frente Liberal, recebeu as insígnias do poder. Trancredo morreu no dia 21 de abril e o PMDB acabou filiando Sarney, desta forma chegou ao Planalto.