Veio do PPS a manifestação mais firme contra a disposição do governador André Puccinelli e do PMDB de fechar chapa pura ao governo do Estado no ano que vem. O presidente regional do PPS, Athayde Nery, acha que está havendo uma personalização do debate em torno de André ou Zeca. “O que queremos é um projeto de governo, representando uma ampla coalizão de partidos, o que não acontece no governo atual, que é mais André do que PMDB”, disse.

O PPS integra o BDR (Bloco Democrático e Reformista), composto também pelo PSDB e DEM. O bloco pretendia indicar um candidato ao Senado e também o vice de André. A vaga ao Senado ainda está disponível, já o vice, se depender de André e da cúpula do PMDB, será um peemedebista.

O atual vice-governador, Murilo Zauith (DEM), era o nome para o Senado e também cogitado a se manter companheiro de chapa de André. Já não mostra a mesma disposição de concorrer a senador e vê a chance de continuar vice cada vez mais longe.

Por enquanto, nem o DEM nem o PSDB reagiram à disposição do PMDB de abocanhar a vaga de vice. Só o PPS estrilou. E já há petardos na fala de Athayde: . “Por onde passamos a insatisfação com temas como tributação é evidente. Outros temas que queremos debater com clareza é a demarcação de terras indígenas e a preservação ambiental”, enfatizou.

Por fim, a candidatura de Marisa Serrano ao governo, que sempre é ventilada quando há qualquer dificuldade à vista na relação com André, voltou à cena nas palavras de Athayde. Ele diz que, se for o caso (o que pode ser entendido como ‘se faltar espaço), o próprio PPS lança candidato a governador. “Estamos aberto a um amplo debate democrático, para influenciarmos de maneira positiva no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, findou.