Terra | 12 de dezembro de 2009 - 08:29

População brasileira vai respirar enxofre por mais 4 anos

Não é só o altíssimo teor de enxofre no óleo diesel que vai continuar invadindo o organismo da população por mais tempo. A gasolina, hoje com mil partículas por milhão (ppm), vai ficar assim por mais quatro anos, até 31 de dezembro de 2013. Só a partir de 1º de janeiro de 2014 é que o teor será reduzido para 50 ppm de enxofre, de acordo com resolução publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Além da questão do enxofre, outra resolução, a de n o .39, publicada na edição de hoje, sexta-feira, no Diário Oficial da União, determina que a partir de setembro de 2010 os postos de combustíveis passem a usar o nome etanol no lugar de álcool, como forma de padronizar a nomenclatura brasileira em relação à utilizada no mercado internacional.
 
A Resolução ANP nº 38, que estabelece as especificações da gasolina comercial com limite máximo de 50 ppm de enxofre, atende à fase L-6 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores  (Proconve) e determina também que a partir de 2014 toda a gasolina automotiva vendida no País seja aditivada.

Além da poluição causada, entre outros fatores, pelo enxofre, a gasolina e o diesel são os principais responsáveis pela emissão, nas cidades, de gases que provocam o aquecimento global. Em São Paulo, por exemplo, a queima da gasolina libera 35,7% (3,83 milhões de toneladas) de todo o dióxido de carbono (CO2) emitido para a atmosfera e o diesel, 32,6% (3,5 milhões de toneladas). O CO2 é o principal gás de efeito estufa.