Diário MS | 9 de dezembro de 2009 - 09:05

Rio Amambai agoniza em meio a poluição em Naviraí

Durante breve passeio de trabalho no rio Amambai, nas proximidades da ponte da BR-163, a 7 quilômetros de Naviraí, a reportagem registrou uma tragédia irreparável ao meio ambiente: a destruição do rio Amambai pela ação direta e irresponsável do homem.

A vistoria foi liderada pelos vereadores, Vanderlei Chagas (PR) e Gean Carlos Volpato (PMDB). O primeiro grave problema verificado “in loco” foi o assustador assoreamento, com dejetos industriais sendo jogados ao leito do rio sem nenhuma preocupação. Um limo vem impregnando as encostas, matando a vegetação, criando uma crosta escura, diminuindo o oxigênio da água, culminando com a fermentação dos resíduos industriais no fundo do rio.

A poluição está ocorrendo tanto por ação das indústrias como pela ação direta da população que está jogando lixo em local inadequado, e que vem chegando até o leito do rio. A sujeira geral é assustadora e vergonhosa. Alguns industriais e membros da sociedade apresentam a inaceitável justificativa de que este seria o preço que todos pagam pelo desenvolvimento industrial e urbano de Naviraí.

Os fatos verificados pela reportagem foram registrados em fotos e filmagens que servirão de base para uma ação dos vereadores na Câmara Municipal. “Com este material em mãos, vamos convocar a sociedade para discutir e encontrar solução para os problemas que identificamos”, anunciam Vanderlei e Gean.

Os vereadores antecipam que vão entrar com requerimento visando a realização de um trabalho de limpeza do leito do rio, com retirada de todo o lixo, garrafas e materiais que estão flutuando às margens do rio Amambai. “Outro trabalho imprescindível será a realização de uma visita visitar a todas as indústrias que estão poluindo o rio, principalmente a Usinavi, que continua despejando líquidos danosos no Amambai, causando enormes prejuízos ao meio ambiente e ao ecossistema”.

Após a visita ao rio Amambai Vanderlei e Gean procuraram a Promotoria de Justiça e Meio Ambiente para denunciar a poluição e iniciar ações para combater o assoreamento. “Não podemos deixar continuar como está, porque estão matando o rio Amambaí”, apontam Vanderlei Chagas e Gean Volpato.