Conjuntura | 4 de dezembro de 2009 - 14:40

Chapa pura do PMDB para 2010 é alvo de críticas de correligionários

A idéia de se construir uma chapa pura no PMDB em torno do projeto de reeleição do governador André Puccinelli em 2010 é alvo de críticas de correligionários.

O deputado federal Geraldo Resende (PMDB) reagiu com surpresa e indignação à proposta de lançamento de uma chapa majoritária peemedebista para as eleições do ano que vem, conforme matéria publicada na edição de ontem do jornal “Correio do Estado”.

Segundo o parlamentar, a sugestão contém diversas falhas, sendo uma delas o fato de que não está sendo discutida no fórum adequado, que é o Diretório Regional do partido.

A idéia de lançar dois peemedebistas para ocupar as vagas ao Senado também desagrada Geraldo Resende. “Com todo o respeito que temos pelos nomes sugeridos (o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad e a prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet) o projeto exclui Dourados”, argumenta. “Essa proposta demonstra desprestígio ao segundo maior colégio eleitoral do Estado e é um desserviço à meta de reeleição do governador André”.

Um terceiro ponto abordado por Geraldo Resende é o fato de que, em sua avaliação, uma eventual chapa pura do PMDB, também desrespeita os partidos aliados. Segundo o deputado, André Puccinelli é governador hoje porque teve o apoio imprescindível de lideranças desses partidos. “Não se faz política e não se ganha uma eleição sozinho”, salienta Geraldo.

Para Geraldo, outro erro estratégico contido na proposta é o fato de que ela exclui, ainda, a postulação de membros históricos do partido, como o senador Valter Pereira e o deputado federal Waldemir Moka, que inclusive estão se preparando para as prévias, que deverão escolher o nome que o PMDB vai indicar para concorrer ao Senado.

“Tem gente falando pelo PMDB sem autorização”, desabafou Geraldo ao comentar a idéia da chapa pura. “Essa idéia diminui os companheiros dos partidos aliados, exclui Dourados e região e os colegas que estão trabalhando pelas prévias e pela ampliação do número de partidos aliados”. Finalizando, o deputado afirma que “a ação dos alquimistas que apresentaram esse plano é descabida, não obedece uma lógica de união e pode pôr em risco a própria reeleição do governador André”.