Os agentes financeiros voltaram a testar, nesta quinta-feira, "o piso" de R$ 1,70, logo nos primeiros negócios com a moeda americana, num reflexo do relativo otimismo externo dos últimos dias.

Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,709 nas últimas operações desta quinta-feira, em queda de 0,75%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,716 e R$ 1,705, apontando para um dia pouco volátil. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,810, em um recuo de 1,09%. O dólar também perdeu valor frente ao euro, que bateu a cotação de US$ 1,5095 (alta de 0,4%).

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 0,35%, aos 68.856 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,14 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,11%.

Nas últimas semanas, houve um um certo consenso entre profissionais das mesas de operações de que dificilmente os preços da moeda americana poderiam ficar abaixo de R$ 1,70, sob a expectativa de que o rompimento dessa marca disparasse o sinal de "alerta vermelho" no governo.

Analistas também trabalham com a possibilidade de que a taxa de câmbio se aproxime de R$ 1,80, num mês em que a Bolsa de Valores pode ficar mais volátil e registrar realizações de lucros (vendas), após acumular ganhos superiores a 80% neste ano.

Hoje, a Bovespa informou um saldo de R$ 20,084 bilhões em investimentos estrangeiros nos últimos 11 meses, um dos menores resultados do ano, somente perdendo para janeiro (resultado negativo em R$ 646,1 milhões) e fevereiro (R$ 544 milhões).

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, elevou mais uma vez as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,84% ao ano para 9,87%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada subiu de 10,35% para 10,40%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.