O governador André Puccinelli (PMDB) disse nesta manhã em seu gabinete que negocia a troca do Banco do Brasil pela Caixa Econômica Federal. No caso, a CEF ficaria com a conta do governo e passaria a administrar a folha de pagamento dos 61 mil servidores, cujos salários consomem ao menos R$ 120 milhões mensais da receita estadual. Puccinelli não revelou o real motivo da troca e, para justificar a suposta insatisfação com o banco, deixou no ar uma vaga explicação: “se eles [BB] não voltarem atrás...”.

Fontes ligadas ao governador asseguram que o descontentamento dele tem a ver com taxas de juros. O Banco do Brasil estaria impondo um percentual a mais do que o desejado por Puccinelli. Sem detalhar a operação, o governador disse a jornalistas em seu gabinete que “negocia, sim com a Caixa”.

Em recente viagem ao interior do Estado, Puccinelli comentou em público sua intenção em substituir o BB pela CEF. Ele disse que a superintendência regional da CEF havia prometido abrir 20 agências no interior do Estado, caso ficasse com a conta estadual.

Assessores de Puccinelli informaram que o governo mantém um contrato do Banco do Brasil por um tempo não revelado por eles. Presume-se, então, que a substituição pela CEF exigiria uma quantia em dinheiro em caso de quebra do contrato.

Já Puccinelli garantiu que negocia a troca, mas “sem ônus” ao Estado e também aos servidores estaduais. O governador sugeriu que a imprensa buscasse mais informações acerca da possível substituição do banco por meio da Sefaz (Secretaria de Fazenda). Contudo, ninguém do órgão ainda se pronunciou sobre o assunto. Nem a direção dos bancos.