Diário MS | 1 de dezembro de 2009 - 13:55

Reunião na quinta discute interdição de hospitais de Dourados

Uma reunião na próxima quinta-feira, no MPE (Ministério Público Estadual), vai discutir uma saída para evitar a interdição de dois hospitais públicos de Dourados pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) por falta de diretor clínico. Devem participar representantes do MPF (Ministério Público Federal), MPT (Ministério Público do Trabalho), Conselho Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, CRM e a direção do Hospital Evangélico, que administra o Hospital da Vida e o Hospital da Mulher.

No início de novembro, o CRM notificou a Secretaria Municipal de Saúde e o Hospital Evangélico e informou que os dois hospitais públicos – transferidos no início do ano pela prefeitura para o HE – poderiam sofrer “interdição ética” por falta de diretor clínico. A interdição ética é uma medida administrativa em que os profissionais médicos ficam impedidos de atender nos hospitais inteditados.

Ontem, o secretário de Saúde, Mário Eduardo Rocha Silva, disse que os hospitais são unidades administradas por apenas uma instituição, o Hospital Evangélico, e a legislação determina a obrigatoriedade de um diretor clínico para cada instituição. Além disso, segundo ele, o problema tem que ser resolvido pelo Evangélico.

“Nosso contrato é com uma instituição e, diante disso eu entendo que essas questões devem ser resolvidas pela sua administração”, afirmou Mário Eduardo. O secretário afirmou que em caso de interdição ética, os médicos não poderão realizar procedimentos nos hospitais, o que causaria uma posição contraditória, segundo ele, pois os profissionais poderiam ser acusados de omissão de socorro.

O diretor clínico do Hospital Evangélico, Delane da Silva Borges, contesta as declarações do secretário. “De maneira nenhuma respondo por esses hospitais”, afirma o médico.