Assecom | 27 de novembro de 2009 - 23:30 DOURADOS

Prefeitura inicia recuperação de estradas da aldeia Bororó em Dourados

A Prefeitura de Dourados começou esta semana a recuperação de todas as estradas da aldeia Bororó. São mais de 40 quilômetros de vias que estão em estado precário, impedindo até mesmo o deslocamento de alunos para as escolas e o encaminhamento de pacientes aos postos de saúde e hospitais.

O trabalho está iniciando pela Bororó, onde a situação é mais crítica e na seqüência, será feito também na aldeia Jaguapiru.

Por outro lado, conforme informou o diretor do Departamento de Estradas e Rodagem da Secretaria Municipal de Obras, Alberto Alves dos Santos, toda a Reserva Indígena deverá também ser cascalhada, possivelmente a partir do mês de janeiro.

Existe um impedimento junto ao Ministério Público Federal (MPF), para a não utilização da matéria prima que a aldeia dispõe, mas que está em negociação. Na semana passada, representantes da Prefeitura participaram de uma reunião com o procurador da República, Marco Antônio Delfino de Almeida, oportunidade em que o assunto foi discutido e o MPF sinalizou favorável à possibilidade de liberação do cascalho. A assessoria jurídica do município está tratando da questão, buscando uma forma legal de encaminhar essa questão.

Alberto dos Santos lembrou que existe uma grande quantidade de cascalho extraído na própria reserva, em depósito. Esse cascalho foi extraído na própria aldeia durante a administração passada, mas sua utilização foi barrada pelo Ministério público e Funai, porque não iria beneficiar apenas a comunidade indígena, mas também áreas externas da aldeia.

No início da atual administração, o prefeito Ari Artuzi, se reuniu com as lideranças indígenas para falar sobre melhorias para as aldeias e ouvir as reivindicações. A maior reclamação foi com relação às estradas e o tema foi amplamente debatido no encontro. Ficou acertado que a comunidade iria autorizar o uso do cascalho em benefício exclusivo da reserva e oficializar a decisão aos órgãos competentes para legalizar o acordo.