Folha Online | 27 de novembro de 2009 - 16:07

Dólar fecha a R$ 1,74; Bovespa avança 0,55%

O mercado de moeda brasileiro teve uma abertura nervosa, quando a taxa cambial bateu a cotação de R$ 1,76 (perdida há quase dois meses), mas cedeu após os agentes financeiros dissiparem boa parte de seu nervosismo com o episódio Dubai (moratória).

Assim, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,744 nas últimas operações desta sexta-feira, em um recuo de 0,34% sobre a cotação final de ontem. Os preços oscilaram entre R$ 1,763 e R$ 1,732. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,840, baixa de 1,07%.

Na praça internacional, o euro passou de US$ 1,4987 para US$ 1,4977, após atingiu um pico de US$ 1,51 durante a jornada de ontem.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com ganhos de 0,55%, aos 66.756 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,74 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 1,48%.

O mercado corrigiu parte dos "exageros" de ontem, quando repercutiu a notícia de que a estatal Dubai World havia pedido a renegociação de dívidas na casa dos bilhões de dólares. O "default" provocou uma onda de nervosismo de agentes financeiros, que temeram por uma contágio global do episódio, com repercussões imediatas principalmente no sistema bancário. Hoje, alguns analistas chegaram a qualificar de "histeria exagerada" a reação anterior dos mercados, restringindo o alcance do episódio.

O Banco Central promoveu seu habitual leilão de câmbio às 15h38 (hora de Brasília) e aceitou ofertas por R$ 1,7405 (taxa de corte).

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro nos bancos, voltou a elevar as taxas projetadas nos contratos de mais longo prazo.

Entre as principais notícias do dia, a FGV (Fundação Getulio Vargas) apontou inflação de 0,10% em novembro, pela leitura do IGP-M, ante 0,05% em outubro. No ano, o índice acumula queda de 1,46%.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista subiu de 9,74% ao ano para 9,76%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,28% para 10,29%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.