24 de novembro de 2009 - 18:00

Leia a coluna Fala Sério “Para quê dar nomes a tudo”?

Para quê dar nomes a tudo?

Vocês já notaram uma coisa? Os seres humanos têm a mania de dar nome a tudo! Desde a si mesmos, aos animais, ás coisas, à natureza, a tudo. E nem sabem como e quem começou com isso. Mas já que todos fazem, vamos fazer também. O que não dá para entender é que se o Pedro é o Pedro e o Paulo o Paulo, existem tantos Pedro das Couves por aí, e basta que um faça uma besteira para que todos os outros paguem o pato.

Pato! Ora, porque ele tem esse nome e lhe deram essa ridícula fama de pagar pelos erros dos outros. Será que ele gosta dessa idéia? Tenham certeza de que jamais lhe perguntaram.

Agora, porque o leão é leão, peixe é peixe, e o pior, tubarão, peixe espada, lambari, cação, e assim por diante?

O gato é gato e o cachorro é cachorro por quê? Mesmo que um seja dócil habitante dos lares desde os mais antigos tempos, e o outro está rotulado como o melhor amigo do homem.

O interessante e que ainda existe o ditado que é preferível ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro. Poxa! Que discrepância essa! Se gostaram de ter um cachorro amigo, por que então desmoralizá-lo ao renegar um amigo cachorro. O cachorro é ou não é o melhor amigo do homem?

Coisas do homem, claro! Que jamais o cachorro irá entender!

E assim vamos colocando nome em tudo. Alguns até tem razão de ser para serem identificados dos outros, como os rios, por exemplo,

senão todos seriam Amazonas. Mas porque seria ele, Amazonas?

Da mesma maneira, poderíamos pensar nas nossas florestas. Pinheiro, eucalipto, amoreira, cedro e assim por diante. O bonito é que cada um tem como os animais nomes científicos como xispicrotopificanomba. Nem pergunte de quem é esse nome científico, porque foi criado agora e, por favor, respeitem nosso direito autoral. Fala Sério!

Para nós as borboletas continuam sendo amarelas, vermelhas, azuis, brancas, de cores variadas. As flores também! Lindas, enchem nossos campos e jardins de cores e perfumes. Por isso, para quê saber seus nomes?

Deixem-nas no seu anonimato, nos dando o prazer de saber sentir o sabor de viver!

Esta coluna está em mais de setenta jornais impressos e eletrônicos do Brasil e Exterior.

Escritor, Cronista e Palestrante, membro da AGEI, Associação Gaúcha dos Escritores Brasileiros.