Folha Online | 24 de novembro de 2009 - 17:24

Dólar fecha a R$ 1,73; Bovespa opera instável

A taxa de câmbio doméstica teve um repique após dois dias de queda, sob a expectativa do mercado quanto a ata do Fomc (o equivalente americano do Copom), com divulgação prevista para as 17h (hora de Brasília). Frente ao euro, a moeda americana também teve um dia de valorização.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,735 nas últimas operações desta terça-feira, em alta de 0,40%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,737 e R$ 1,723. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,840, estável.

Ainda aberta, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) tem leve alta de 0,02%, aos 66.825 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,93 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,36%.

O Banco Central revelou que hoje que o volume de investimento estrangeiro foi recorde no país no mês de outubro (US$ 17,119 bilhões), incrementado principalmente pelo lançamento de ações do Santander na Bolsa brasileira.

Em termos de contas externas, o deficit nas transações do Brasil foi US$ 2,911 bilhões, ante US$ 2,31 bilhões em setembro, puxada principalmente pelas remessas de lucros e pagamento de serviços (deficit de US$ 4,456 bilhões nessa conta).

Em novembro, como mostram os últimos números registrados pelo BC, o fluxo cambial está positivo para o país: as entradas superam as saídas por US$ 1,3 bilhão (até o dia 18).

A autoridade monetária também realizou seu leilão diário de compra --hoje entre 15h01 e 15h11-- aceitando ofertas por R$ 1,7331 (taxa de corte).

Analistas esperam que a ata do Fomc revele que os integrantes do Federal Reserve (banco central dos EUA) estejam preocupados com a situação da economia americana, e portanto, enviando uma sinalização clara de que os juros dos EUA devem permanecer baixos "por um longo tempo", o que contribui para um dólar fraco.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro nos bancos, voltou a reduzir as taxas projetadas nos contratos de mais longo prazo.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista retraiu de 9,67% ao ano para 9,64%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,17% para 10,14%. Essas taxas são preliminares e podem sofrer ajustes.