23 de novembro de 2009 - 10:05

Encontro aborda potencial de TL e processo de industrialização em MS

Realizado com base nos Registros de Ocorrências das Delegacias de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, o Relatório Temático do Instituto de Segurança Pública (ISP) referente ao primeiro semestre de 2009 mostra que do total de homicídios dolosos ocorridos entre janeiro e junho de 2009 no Rio, 2.295 (71.8%) foram produzidos com o emprego de arma de fogo.

O relatório apresentado pelo ISP também mostra uma redução de 25,3% nos casos de vítimas de "bala perdida" no Estado do Rio em comparação com o mesmo período de 2008. A capital do estado apresentou 79 casos dessas vítimas, sendo a maior parte delas do sexo masculino, atingidas em "vias públicas. A pesquisa indicou que quatro delas foram fatais.

Ainda que ocorrido no começo de 2007, o caso do técnico de telecomunicações Danny Costa Teixeira, 34 anos, é um exemplo que de que os resultados apresentados pelo ISP são muito próximos da realidade.

Danny foi atingido por uma bala calibre 45 quando retornava do trabalho para casa. Ele dirigia pela Avenida Suburbana, na altura do bairro do Jacarezinho, quando homens armados montados em cinco motos cruzaram a pista em que ele estava. Surpresos com a presença de uma viatura policial atrás do carro de Danny, os bandidos atiraram na direção de seu carro.

– Um dos tiros atravessou meu braço, na parte acima do cotovelo. A bala entrou por um lado e saiu pelo outro. Mesmo atingido, consegui dirigir até um hospital em Bonsucesso, onde recebi atendimento - conta ele, cujo incidente foi uma exceção ao levantamento feito pelo Sindicato dos Médicos do Rio, por não ter causado maiores danos à sua saúde.

– Apesar do tiro, considerado de grosso calibre, o ferimento não deixou nenhuma seqüela no meu braço além da cicatriz. Muita gente é atingida na perna por armas menos poderosas e acaba perdendo o membro ou até morrendo – afirma ele, que atribui a Deus a sua sobrevivência e garante que um incidente como este muda a vida de qualquer um.

– Uma experiência dessas acaba te deixando um pouco assustado. Hoje em dia já não saio mais a noite por medo da violência e há mais de um ano que não passo próximo ao local onde fui atingido. Ao mesmo tempo, você também passa a querer aproveitar mais da vida e dar valor às coisas.