G1 | 23 de novembro de 2009 - 05:27

Mais presos do Rio de Janeiro chegam ao presídio de Campo Grande

Chegou por volta das 13h20 (horário de Brasília) deste domingo (22) em Campo Grande o avião da Polícia Federal que partiu do Rio de Janeiro com sete presos.

A pedido da Secretaria Estadual de Segurança Pública, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro autorizou a transferência.

A aeronave deixou o Rio por volta das 11h20. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), todos serão levados para o presídio de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Segundo a Secretaria estadual de Segurança Pública, parte desses presos participou dos ataques no Morro dos Macacos, na Zona Norte, em outubro deste ano. Na ocasião, um helicóptero da Polícia Militar foi derrubado por traficantes.

No dia 24 de outubro, dez traficantes suspeitos de comandar a guerra de facções em favelas do Rio de Janeiro foram transferidos para a penitenciária federal de Campo Grande.

Quem são os presos

Entre os sete detentos transferidos neste domingo estão Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o “Abelha”, e Marcos Marinho dos Santos, o "Chapolim".

De acordo com a polícia, “Chapolim” é acusado de integrar uma quadrilha comandada pelo traficante Fernandinho Beira-Mar. Além de envolvimento com drogas, os dois são acusados de tráfico internacional de armas.

Os outros presos que deverão ser transferidos são: Levi Batista da Penha, o "Baby"; Odir dos Santos, "Odir da Vila do João"; Marcelo Fonseca de Souza, "Marcelo Xará"; Bruno da Silva Loureiro, o "Coronel"; e Márcio Batista da Silva, o "Dinho porquinho".

Como é o presídio federal

Destinado a presos perigosos – a maioria traficantes, líderes de facções, assaltantes e assassinos, o presídio de Campo Grande tem vários aparatos de segurança.

Quando chegam, os presos deixam roupas e o que mais possuírem, têm o cabelo raspado, recebem kits de higiene -com desodorante, sabonete, escova de dente, papel higiênico, creme dental - e uniformes. Até chegarem às celas – todas individuais -, passam por 17 portões. São 208 celas "normais" e 12 celas do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Nos primeiros 20 dias, os presos ficam na triagem, onde o isolamento é maior. Fazem todas as refeições nas celas e tomam os banhos de sol – de duas horas por dia, ali mesmo.

Para os presos que não estão mais na triagem, o banho de sol é feito em grupos de 13 presos, pelo mesmo período. As refeições, no entanto, continuam sendo feitas nas celas.