Conjuntura | 21 de novembro de 2009 - 10:15

Projetos querem amenizar problemas ferroviários de MS

O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Bernardo Figueiredo, anunciou, nesta sexta-feira (20), durante encontro empresarial realizado pela Fiems, projetos para amenizar os problemas de infra-estrutura ferroviária de Mato Grosso do Sul.

Segundo Bernardo Figueiredo, a recuperação da malha ferroviária existente requer investimentos da ordem de R$ 450 milhões, enquanto a construção de uma nova malha necessita de recursos de aproximadamente R$ 4 bilhões, totalizando um investimento total de R$ 4,4 bilhões.

“Fisicamente, a execução desses projetos poderia demandar prazo máximo de quatro anos, mas ela depende de recursos e parceiros.

Por isso, temos de montar a equação financeira para sustentar esse investimento e um instrumento nesse sentido seria a Parceria Público e Privada”, explicou.

Ele acrescenta que a alternativa mais viável é abrir os projetos para que terceiros realizem esses investimentos e possam explorar esse adicional de capacidade da malha ferroviária para recuperar os recursos aplicados.

Os projetos

A construção da nova malha ferroviária para o Estado inclui dois projetos e o primeiro é a extensão da Norte-Sul, que hoje liga Belém (PA) a Santa Fé do Sul (SP), até Panorama (SP) e, de lá, até Porto Murtinho (MS), criando um sistema ferroviário novo e moderno de bitola larga, que atravessaria Mato Grosso do Sul até o Rio Paraguai.

O segundo projeto é a conexão de Mato Grosso do Sul à Ferroeste, no Paraná, criando um acesso ao Porto de Paranguá (PR).

Segundo Bernardo Figueiredo, com a execução desses dois projetos, Mato Grosso do Sul passaria a contar com a malha atual recuperada, uma ferrovia nova de bitola larga e que ligaria o Estado aos portos de Santos (SP) e do Rio de Janeiro (RJ), integrando-se à malha Norte-Sul.

Além disso, completou, ainda teria uma terceira opção de bitola estreita, ligando a região de Maracaju e Dourados ao Porto de Paranaguá.

Hoje, conforme dados da ANTT, a malha ferroviária nacional tem 28,8 mil quilômetros  23,9 mil quilômetros de bitola estreita e 5,4 mil quilômetros de bitola larga , mas apenas 10,9 mil quilômetros são realmente explorados.

Além disso, estão em andamento a construção de 5,6 mil quilômetros de ferrovia com bitola larga e em estudo outros 3,6 mil quilômetros, dos quais 500 quilômetros são entre Maracaju (MS) e Cascavel (PR) e 750 quilômetros de Porto Murtinho (MS) a Panorama (SP), enquanto a estudar tem mais 2,8 mil quilômetros.