A Câmara Setorial do algodão divulgou, esta semana, uma previsão para a próxima safra. A área plantada deve ter redução, mas a colheita pode aumentar em cerca de 50 mil toneladas por causa da produtividade.

Os números apresentados no Ministério da Agricultura apontam uma queda de 400 mil toneladas na produção de algodão, para a próxima safra. A importação deve quase dobrar, passando de 27 mil toneladas para 50 mil toneladas.

A exportação de algodão tem queda de 150 mil toneladas e a previsão é de redução também na área plantada, que deve chegar a 788 mil hectares.

Mato Grosso aparece em primeiro lugar com uma área de 365 mil hectares entre os estados produtores. Em segundo lugar está a Bahia (264 mil hectares), em terceiro vem Goiás (52 mil hectares) e somente em quarto aparece Mato Grosso do Sul, com 35 mil hectares.

“A redução se deve porque na estratégia do algodão, mesmo reduzindo os custos, a conta não é positiva e nós não temos uma garantia do preço mínimo de R$ 44,60 em toda a área da safra”, explica o presidente da Câmara Setorial de algodão, Sérgio de Marco.

A equipe jurídica do Ministério da Agricultura avalia liberar a armazenagem do produto a céu aberto. Essa técnica reduz os custos de produção no campo e ainda facilita o fechamento de contrato com empresas seguradoras.

“Isso já foi conversado a nível técnico e está no Departamento Jurídico para que haja uma posição deles para o ministro assinar e reconhecer o sistema de armazenagem a céu aberto, inclusive para operações com o Governo”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Haroldo Cunha.

Ainda de acordo com a Abrapa, deve faltar 100 mil toneladas de algodão para as indústrias brasileiras. Portanto, o país deve importar para suprir essa demanda já que a produção foi menor e já estava comprometida com outros contratos de exportação.

O Brasil deve produzir mais de 1 milhão de toneladas de algodão na próxima safra.