Folha Online | 17 de novembro de 2009 - 15:54

Dólar fecha a R$ 1,71; Bovespa "vira" e ganha 1,08%

A cotação da moeda americana ainda patina em torno da cotação de R$ 1,70, sem que o mercado dê sinais de que pode romper esse "piso psicológico", pelo menos no curtíssimo prazo. A possibilidade de que o Banco Central pode sacar novas medidas que mexam no câmbio, dizem corretores, é um dos entraves.

Nesse contexto, o dólar comercial chegou ao final do expediente cotado por R$ 1,717 na venda, o que representa um acréscimo de 0,40%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,729 e R$ 1,711. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,820, estável.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 1,08%, aos 67.344 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,03 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,13%.

"Parece que o dólar se acomodou nesse patamar acima de R$ 1,70, que está difícil de passar. Pode ser um efeito ainda daquele novo IOF [sobre investimentos estrangeiros], que afetou um pouco o fluxo de capital muito especulativo. Acho que também há um pouco de cautela do mercado, com a possibilidade da taxa bater R$ 1,69 e o BC fazer algo de novo", avalia Marcos Trabold, profissional da mesa de operações da corretora B&T.

Para operadores, a cotação da moeda americana poderia estar ainda mais baixa: neste mês, o preço do dólar não fechou um dia acima de R$ 1,75. Essa queda mais brusca tem sido evitada, em parte, com as atuações do BC para "enxugar" o excesso de dinheiro no mercado.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que regula o custo do dinheiro nos bancos, rebaixou as taxas projetadas nos contratos de mais longo prazo.

Entre as principais notícias do dia, a Fipe-USP apontou inflação de 0,34% (pela leitura do IPC) na segunda quadrissemana de novembro --30 dias até 15/11--, contra alta de 0,31% na abertura do mês. Já a FGV (Fundação Getúlio Vargas) registrou inflação de 0,07% neste mês, contra o 0,10% de avanço visto em outubro, pela leitura do IGP-10.

No contrato que aponta os juros para janeiro de 2010, a taxa prevista ajustou de 8,64% ao ano para 8,65%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada caiu de 10,26% para 10,20%. Essas taxas são preliminares e podem sofrer ajustes.