A Polícia Federal em São Paulo iniciou nesta terça-feira uma ação contra um grupo suspeito de fraudar a Previdência em nove Estados e no Distrito Federal. Até o momento 11 pessoas já foram presas. O prejuízo, segundo a PF, poderia chegar a R$ 32 milhões.

A operação Vidência, resultado do trabalho da Força Tarefa Previdenciária no Estado de São Paulo, tem objetivo de desarticular a organização em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Distrito Federal e Goiás.

Segundo a PF, a organização elaborava ou utilizava documentos falsos, como certidões de casamento, RGs, atestados de óbitos e procurações para obter benefícios de pensão por morte junto à Previdência Social.

Com os documentos falsos, a organização investigada criava "pessoas fictícias", pagava duas ou três contribuições sociais em nome delas e, com isso, vinculavam-nas ao Regime Geral da Previdência Social. Logo em seguida, as pessoas "ficticiamente criadas" morriam e garantiam a seus dependentes (também "fictícios") o benefício de pensão por morte, o qual era sacado pelos integrantes da organização criminosa.

Na sequência, segundo a PF, o grupo fazia empréstimos consignados junto a instituições financeiras, utilizando os benefícios previdenciários fraudados.