Agência Brasil | 16 de novembro de 2009 - 09:11

Países emergentes precisam dobrar produção de alimentos até 2050

Durante a abertura da Cúpula Mundial de Segurança Alimentar, em Roma, o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, lembrou que a produção mundial de alimentos precisa crescer 70% até 2050 para atender às futuras demandas da população. Mas destacou que entre os países emergentes o desafio é maior: “nesses países é preciso dobrar essa produção para atender a demanda”.
 
Diouf destacou, durante o discurso, que para eliminar a fome no mundo é preciso investir US$ 44 bilhões em infraestrutura e tecnologias para aumentar a produção agrícola. Ele afirmou que essa é uma “pequena quantia” comparada aos recursos aplicados no setor em países como os Estados Unidos.
 
“Espero que a gente possa contar com os líderes e presidentes presentes para ajudar no problema em cada um dos países”. Apesar do cenário negativo, com o crescimento do número de pessoas afetadas pela fome no mundo – que já passa de um bilhão –, Diouf destacou que países da América Latina e da Ásia têm conseguido reduzir o percentual de pessoas subnutridas em seus territórios.
 
“Isso significa que sabemos o que é necessário fazer para derrotar a fome. Essas pessoas [que passam fome] estão esperando vontade política e financiamento para isso acontecer.”
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai discursar na abertura da cúpula e deve apresentar as experiências brasileiras que reduziram nos últimos anos a população subnutrida, como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A previsão é de que o papa Bento XVI encerre a abertura da cúpula no fim da manhã.