Em Santa Catarina, 70% dos funcionários da Saúde estão em greve
Em greve desde o dia 5, cerca de 70% do funcionalismo da Saúde de Santa Catarina permanecem paralisados hoje, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Privado e Público Estadual (Sindsaúde). A categoria, que possui 14 mil funcionários em todo o Estado, decidiu parar as atividades no início do mês, reclamando da defasagem salarial, que ultrapassa 16,76%, e reajuste no auxílio alimentação de 80,65%, que também está defasado desde 2001, de acordo com informações da diretora do Sindsaúde, Simone Hagemann.
Mesmo cumprindo a lei de greve, garantindo os atendimentos dos casos de urgência e emergência, segundo a diretora, o sindicato já acumula uma multa de mais de R$ 100 mil. Esse valor, que era de R$ 20 mil diários, passou ontem para R$ 100 mil, após determinação da Justiça.
"Vamos recorrer no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para tentar derrubar a medida. Temos provas de que a greve respeitou a lei de greve. Na tarde de hoje vamos fazer uma assembleia para discutir a liminar que determinou o fim da paralisação e também sobre a multa", explica Simone. Segundo o sindicato, a liminar foi aprovada há cerca de uma semana. O sindicato ainda não foi notificado em relação à multa.
Multa
O desembargador substituto Ricardo Roesler acatou pedido do Estado e aumentou ontem o valor da multa diária de R$ 20 mil para R$ 100 mil em caso de descumprimento da liminar que determinou o fim da greve dos servidores da Saúde. A decisão também autoriza o Estado a realizar a contratação em caráter temporário de pessoal para suprir os atendimentos emergenciais.
Para o Tribunal de Justiça (TJ), o pedido de reconsideração da concessão da liminar, efetuado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde Privado e Público Estadual, foi indeferido, uma vez que não houve comprovação do atendimento nas emergências.