Uol | 13 de novembro de 2009 - 08:23

Sem Ronaldo, Corinthians correria risco de rebaixamento

Sem qualquer perspectiva de título no Brasileiro, o Corinthians conta os dias para encerrar o ano. Sobram motivos para justificar o afastamento do topo, entre os quais a de que Ronaldo fez muita falta quando não pôde atuar, seja por contusão ou por opção de Mano Menezes. Essa versão é absolutamente aceitável.

Com o Fenômeno em campo, o time do Parque São Jorge apresenta rendimento de times do G-4 e estaria em busca do pentacampeonato nacional.

Já numa hipotética contagem do percentual obtido pelo Corinthians sem o camisa 9 no Brasileiro (foram 17 jogos sem Ronaldo) o time alvinegro viveria situação oposta. O Corinthians estaria terminando a competição lutando para não ser novamente rebaixado à Série B.

Atual líder do Nacional, o Palmeiras, por exemplo, conseguiu até o momento 56,1% dos pontos disputados.

Nos 17 jogos em que Ronaldo esteve presente no Brasileiro, o Corinthians conquistou 54,9% dos pontos, percentual idêntico ao do Atlético-MG, 4º colocado, com 56 pontos. O São Paulo é quem possui o melhor percentual: 57,8% dos pontos.

No bloco de baixo, o primeiro time acima da zona da degola é o Botafogo, com 40,1% de aproveitamento. O Corinthians sem Ronaldo obteve pouco mais que o clube carioca: 41,1%, média inferior ao Atlético-PR, 13º colocado.

Ronaldo releva a questão do "com ou sem" Fenômeno em campo e detecta as causas da campanha apenas regular do time no Nacional. Tropeços inesperados em casa e o desmanche pós-Copa do Brasil minaram qualquer esperança de conquista da tríplice coroa, alega Ronaldo.

"Perdemos pontos importantes em casa. Tivemos as derrotas contra o Atlético-PR, Goiás, o empate contra o Avaí. Com esses pontos estaríamos disputando o título. Tenho certeza que não houve relaxamento", contou o atacante ao Sportv.

André Santos, Cristian e Douglas se transferiram para o exterior durante o Brasileiro.

"Houve mudança tática forçada devido à perda de vários jogadores titulares. Desmontou nosso time. Isso conta muito, porque a gente sabia exatamente o movimento do outro. Era sincronizado", complementou.