11 de novembro de 2004 - 13:05

Federação diz que só 3% dos postos de MS batizam combustível

Pelo menos 3% dos 600 postos de combustíveis em Mato Grosso do Sul “batizam” o produto comercializado, entre outras irregularidades, segundo alertou hoje o vice-presidente da Fecombustíveis (Federação Nacional de Combustíveis), Paulo Miranda Soares, que participa do 1° Encontro de Revendedores de Combustíveis do Estado realizado em Campo Grande.

De acordo com Soares, o levantamento foi realizado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo) e pelo Procon e corresponde à média nacional que varia entre 2% e 3%. A localização do Estado na fronteira com Bolívia e Paraguai facilita, segundo o vice-presidente, a entrada irregular de solventes de combustíveis, sendo que a Federação recebe inúmeras denúncias de revendedores de Mato Grosso do Sul.

Ele revelou que a Fecombustíveis tem atuado em parceria com a ANP para combater o crime organizado de adulteração de combustíveis. “São trocas de informações. Pedimos às autoridades que atuem com mais rigor pois entre 2% e 3% do mercado de combustíveis no Brasil está em situação irregular”, declarou.

A sonegação de impostos assim com a adulteração de combustíveis preocupa os revendedores que, segundo Soares, não têm como competir com os irregulares. “O revendedor honesto não tem como competir com o sonegador de impostos”, enfatizou, explicando que a Federação busca leis mais severas junto ao Congresso Nacional para assegurar a punição dos fraudadores e sonegadores.

O vice-presidente da Fecombustíveis frisou que a máfia dos combustíveis começa a perder força no mercado brasileiro. “Felizmente, a maior parte da máfia dos combustíveis no Brasil estão sendo desmanteladas. Queremos fornecer para todo mundo combustível de qualidade. Não há mais espaço para a adulteração”, ponderou.

A atuação do MPE (Ministério Público Estadual) no combate às máfias especializadas em “batizar” combustíveis é um exemplo, na avaliação do representante da Federação. Segundo ele, a situação de Mato Grosso do Sul está sob controle, graças aos esforços do MPE e os casos mais preocupantes continuam sendo os registrados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. “Não tem como zerar isso, mas já diminuímos os índices alarmantes do passado”, contou, ressaltando que em anos anteriores a adulteração de combustíveis existia em pelo menos 20% dos postos de combustíveis brasileiros.

 

Mídia Max