11 de novembro de 2004 - 11:03

Inflação pelo IPCA atinge 5,95% em 2004 e já supera meta

A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em outubro em linha com as previsões, pressionada sobretudo pelos combustíveis.

A taxa subiu 0,44% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira, contra 0,33% em setembro e a previsão média de economistas ouvidos pela Reuters de 0,42%.

Os preços de gasolina subiram 1,45%, após a queda de 0,70% em setembro, devido ao reajuste concedido pela Petrobras em 15 de outubro.

Os de álcool combustível aumentaram 5,31%, seguindo a alta de 1,21% no mês anterior, em razão do reajuste das refinarias.

Esses dois itens contrubíram com 0,11 ponto percentual para o índice de outubro.

Os custos de automóveis novos também pressionaram a taxa, com avanço 1,29% , superior ao de 0,88% em setembro.

Os preços de tarifas aéreas elevaram-se em 5% e os de vestuário, em 1,12% em outubro.

Por outro lado, contrariando as expectativas dos economistas, os preços de alimentos continuaram em queda significativa, de 0,23% em outubro, ante recuo de 0,19% em setembro.

As maiores baixas vieram dos preços de cenoura - de 17,2% -, cebola - 27,9%, tomate -16,7% - e batata-inglesa - 10%.

No ano, o IPCA acumula alta de 5,95%, ultrapassando o centro da meta do ano, de 5,5%. Nos últimos 12 meses, o avanço é de 6,86%.

O IPCA mede a variação dos preços para famílias com renda de até 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia.

A maior taxa de inflação em outubro foi apurada em Goiânia, de 1,08%. A menor foi registrada em Recife, de 0,09%. Em São Paulo, o IPCA subiu 0,58% em outubro, ante 0,28% em setembro.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,17%, a mesma leitura de setembro. O INPC mede a inflação de famílias com renda de até 8 salários.

 

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