As unidades de atendimento pré-hospitalar dos bombeiros a bordo de motocicletas reduzem em 30% o tempo-resposta das ocorrências. A informação é do major Marcello Fraia, chefe do resgate do Corpo de Bombeiros do Estado. De acordo com o major, o sistema tem demonstrado grande eficácia e o resultado é altamente positivo.

“Além de diminuir o tempo-resposta das ocorrências, o resgate de motos é bastante econômico”, observa. “Enquanto uma unidade de resgate (UR) percorre oito quilômetros com um litro de combustível, a motocicleta de pré-atendimento faz 27 quilômetros com o mesmo litro”, esclarece Fraia.

“O uso das motocicletas faz o atendimento mais rápido e ainda dinamiza o emprego de outras viaturas, recursos humanos e materiais. As motos dão o apoio a todos os chamados e vão na frente; geralmente o que tem acontecido é que quando a viatura chega ao local o cenário já foi estabelecido pelo resgate de motocicletas”, conta.

A Capital dispõe de duas duplas de motos que fazem o pré-atendimento, uma delas possui material para atender ocorrências com traumas, a outra é equipada com materiais para emergências clínicas. Segundo o major Fraia, a intenção do Corpo de Bombeiros é expandir o sistema de atendimento a bordo de motocicletas também para o interior do Estado e expandir o serviço na Capital, onde a média de atendimentos diários é de 56 ocorrências.

“Outros estados já entraram em contato conosco para saber como é a aplicação deste sistema na prática. O pré-atendimento com motocicletas já era empregado em grandes centros, como São Paulo por exemplo. A tendência é incluir este serviço em todos os estados devido ao retorno de baixo custo e tempo-resposta satisfatório”, lembra.