Fernandinho Beira-Mar, o mais famoso traficante brasileiro foi condenado a 15 de prisão pela morte do também traficante João Morel, crime ocorrido dentro do Estabelecimento de Segurança Máxima, em Campo Grande. O julgamento começou por volta das 9 horas e acabou há instantes, às 17h56 horas. Agora, as sentenças de Beira-Mar, que tem 42 anos de idade, já somam 136 anos de prisão, pena que cumpre no presídio federal.

O corpo de jurados (dois homens e cinco mulheres) entendeu que Beira-Mar mandou matar Morel. Os dois, segundo a acusação, mantinham rixa pelo domínio do tráfico de drogas na fronteira de Mato Grosso do Sul.

Durante o julgamento não foram mostradas nenhuma prova material que confirmasse a participação de Beira-Mar no crime. Contudo, os três promotores de Justiça que atuaram na acusação exploram o fato de o traficante já ser condenado a um século e por comandar o crime organizado.

João Morel foi morto dentro da cela após ser atacado por ao menos quatro detentos armados com chuços, arma fabricado pelos presos parecidas com faca. O detento Odair Moreira da Silva, o “Marreta”, assumiu o crime sozinho e hoje cumpre pena no Paraná.

Para os acusadores, Marreta fora contratado por Beira-Mar. Ao preso teria sido oferecido como prêmio um a chácara e R$ 60 mil. Contudo, o Ministério Público Estadual não conseguiu provar se a recompensa pelo assassinato fora entregue ao preso.

Essa versão fora sustentada pelos promotores por meio do depoimento de Ildenézio de Souza, preso que ocupava uma cela vizinha a de Morel. Ele disse ter visto o crime e que antes fora convidado a participar do ataque.

Souza, segundo os promotores, teria recusado a empreitada e, por conta disso, fora transferido para a superintendência da Polícia Federal.

Já o defensor de Beira-Mar, o advogado Welington Corrêa da Costa Júnior, sustentou o tempo todo durante o julgamento, que as provas contra seu cliente eram infundadas.