A indústria brasileira voltou a contratar em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi de 0,4% na comparação com o mês anterior. Frente a setembro do ano passado, no entanto, o indicador continua em queda, de 6,5%.

No ano, o emprego industrial também acumula perdas, de 5,6%, assim como em 12 meses, de 4,2%, mantendo a trajetória descendente iniciada em agosto do ano passado.

Com o resultado de setembro, o emprego industrial acumulou ganho de 1,0% em três meses. De outubro do ano passado a junho deste ano, no entanto, a queda acumulada foi de 7,3%. 

Regiões e setores

Na comparação entre os meses de setembro de 2009 e 200, as perdas mais significativas foram registradas em São Paulo, de 4,8%, Minas Gerais (11,1%), região Norte e Centro-Oeste (-9,9%) e Rio Grande do Sul (-8,6%).

Em São Paulo, as principais contribuições negativas vieram de meios de transporte (-16,2%), produtos de metal (-13,4%) e máquinas e equipamentos (-10,5%). Já em Minas Gerais pesaram negativamente vestuário (-26,5%) e alimentos e bebidas (-6,9%).

No total do país, o emprego industrial recuou em 16 dos 18 setores pesquisados, com meios de transporte (-13,8%), máquinas e equipamentos (-11,5%) e produtos de metal (-11,2%), exercendo as principais pressões negativas. 

Horas pagas e rendimento

O número de horas pagas avançou 1,1% na comparação entre agosto e setembro, mas continuou negativo frente ao mesmo mês do ano passado (-6,4%). De junho a setembro, o ganho acumulado foi de 1,9%, segundo o IBGE.

Na passagem de agosto para setembro, a folha de pagamento avançou 1,7%, revertendo o resultado negativo de 0,5% registrado em agosto. Frente a setembro do ano passado, houve queda de 4,9%. Em 12 meses, o recuo ficou em 0,7%, mantendo a trajetória de baixa iniciada em setembro do ano passado.