Fátima News, com Assessoria | 4 de novembro de 2009 - 11:02

Professor da UFGD é finalista em Prêmio de Ciência e Inovação

O professor doutor Eduardo José de Arruda, da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologias da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) foi eleito em 29 de outubro como um dos finalistas do Prêmio Santander de Ciência e Inovação, na cerimônia regional Norte, Nordeste e Centro-oeste, realizada em Recife.

A próxima etapa é a final, que acontece em 17 de novembro na capital paulista. Cada vencedor receberá prêmio no valor de R$ 50 mil para viabilização do projeto, além de certificado e troféu.

O projeto selecionado estuda inseticidas para combater o Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) e nele, o professor da UFGD e seu grupo de pesquisa estudam novos ativos inseticidas e estratégias de aplicação desses ativos.

Os inseticidas são produzidos a partir de sais metálicos complexos com íons cobre (Cu+2) e ferro (Fe+3) que possuem toxidade para o sistema digestivo das larvas do inseto, levando-as à morte. Na forma de complexos, estes íons metálicos têm sua atividade inseticida potencializada e podem controlar as larvas dos insetos nos criadouros ou locais de acúmulo de água, por períodos prolongados e de modo diferente quando comparado aos inseticidas convencionais utilizados. “Com o uso desses íons metálicos complexos, podemos controlar a população dos insetos na forma de larvas e reduzir a incidência da dengue sem comprometimento da saúde humana e meio ambiente”, sustenta o pesquisador.

Arruda lembra que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 2,5 bilhões de pessoas estão em área de risco e podem ser afetadas por dengue e febre amarela, principalmente porque as epidemias são frequentes, e ocorrem sempre de forma agravada nas regiões urbanas. “Buscamos o controle dos surtos epidêmicos de dengue que se repetem com agravo ano após ano nos verões e períodos quentes e chuvosos.”

Eduardo José de Arruda é engenheiro químico industrial formado pelo Centro Universitário da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), de São Bernardo do Campo, com doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Pós-doutorado pela Universidade Federal Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp).

Realizados pelo Grupo Santander Brasil, com o desenvolvimento e a gestão do Universia Brasil, os Prêmios Santander de Empreendedorismo e de Ciência e Inovação estão em sua quinta edição e visam estimular a atitude empreendedora e a pesquisa científica no meio acadêmico.  Desde 2005, contemplaram 29 universitários e pesquisadores-doutores de todo o País. Este ano, foram 2.116 projetos inscritos.

Prêmio Santander de Ciência e Inovação

O Prêmio de Ciência e Inovação contempla pesquisadores-doutores que produzirem as melhores pesquisas científicas de caráter inovador, nas categorias: Indústria, Tecnologia da Informação e Comunicação, Biotecnologia, e Saúde. O vencedor de cada categoria receberá R$ 50 mil.

Para a definição dos projetos finalistas do Prêmio Ciência e Inovação serão considerados os objetivos gerais e específicos, viabilidade financeira e de infra-estrutura, valor criado para a sociedade brasileira, indicadores dos resultados esperados (quantitativos e qualitativos), caráter inovador, potencial para a geração de riqueza, análise de impactos social e ambiental, e eventual parceria firmada com uma organização brasileira para a implementação do projeto.

A avaliação e o julgamento dos projetos serão realizados por uma comissão de pesquisadores vinculados a instituições científicas, sob a coordenação do professor e pesquisador Adolpho Melfi, vice-presidente regional da Academia Brasileira de Ciências (ABC).