Folha Online | 4 de novembro de 2009 - 08:15

Crédito à empresas volta ao normal no 1º trimestre de 2010, diz Serasa

O indicador da Serasa Experian sobre perspectiva do crédito para as empresas avançou 0,8% em setembro, a oitava alta consecutiva, atingindo o patamar de 99,6. Essa proximidade do nível 100 aponta que, num horizonte de seis meses, o volume de concessões reais (deflacionadas pelo IPCA) de crédito às empresas deverá estar completamente normalizado.

Atualmente o volume de concessões de crédito às empresas está 7% abaixo do normal, girando na casa dos R$ 93 bilhões por mês ao passo que a curva da tendência de longo prazo aponta para um volume real mensal da ordem de R$ 100 bilhões.

O crédito às empresas foi atingido pela crise financeira internacional devido ao fechamento das fontes externas de recursos, seja pela impossibilidade de emissões primárias de bônus corporativos no mercado internacional de capitais, seja pelos repasses indiretos via captações da rede bancária doméstica no exterior.

A contração do PIB entre o quarto trimestre de 2008 e o primeiro trimestre deste ano e a elevação da inadimplência no âmbito das empresas também contribuíram para o estreitamento do mercado de crédito das pessoas jurídicas no país.

Com a recuperação dos mercados financeiros internacionais e os primeiros sinais de redução da inadimplência das pessoas jurídicas, a concessão de crédito às empresas está em rota de recuperação daqui até o final do primeiro trimestre de 2010, avalia a Serasa.

Consumidor

O indicador sobre perspectiva do crédito ao consumidor recuou 1,2% em setembro, registrando a terceira queda consecutiva após atingir o pico de 105,9 em junho.

Na avaliação da Serasa, o apetite por crédito do consumidor deve se manter estimulado não apenas pelo maior grau de confiança das pessoas físicas como também pelas condições favoráveis, com juros mais baixos e prazos maiores. No entanto, as recentes quedas do indicador apontam que o ritmo de concessões reais de crédito com recursos livres às pessoas físicas continuará crescendo, porém num ritmo mais brando do que o registrado ao longo dos últimos meses.