Carta ao Presidente do Senado

*Anderson Aparecido Pires

Deodápolis, 23 de Outubro de 2009.

Excelentíssimo Senhor José Sarney de Araujo Costa- Presidente do Senado Federal

Venho através desta correspondência, expor os sentimentos de um jovem brasileiro que analisa os atuais acontecimentos políticos do cenário nacional, especialmente os fatos ocorridos nos últimos meses no Senado Federal.

Primeiramente gostaria de lhe dizer que é uma satisfação para mim, estudante de ensino médio, ter a oportunidade de lhe enviar esta carta. Presidente vou-te parabenizar pelo seu sucesso na carreira política e literária e também pelo destaque da família Sarney no Estado do Maranhão, que pode ser considerada uma Oligarquia.

Presidente vossa excelência que já escreveu diversos contos, poesias, romances, dos quais foram reconhecidos e já ganharam diversos prêmios e mais do que isso o senhor ajudou a escrever a historia do Brasil e se a vossa relação política com o país fosse um livro, certamente seria uma Crônica. Pois relataria a verdadeira amnésia de um povo que esquece o passado, perpetua a corrupção e aumenta o desinteresse da população sobre Política.

Esta crônica mostraria que o dinheiro compra a dignidade do cidadão, que a oligarquia não acabou na República Velha e que um político pode “aprontar todas” com a população (roubar, burlar leis, contratar parentes e funcionários fantasmas) e mesmo assim continuar no poder. E por desfecho teríamos este mesmo político, protagonista da história, presidente do Senado Federal pela terceira vez.

Assim como dizia Cazuza “O tempo Não Pára”, passam-se dias, meses, mandatos... Mas os políticos corruptos dos anos 80 são os mesmos de hoje. Quando vossa excelência era presidente do Brasil, nosso país enfrentava uma Crise Econômica, atualmente ele enfrenta uma “Crise Moral”.  José Sarney, sugiro que Vossa Excelência deixe a presidência do Senado e se quiser escrever algo, que seja apenas os seus livros e não mais as páginas da história do Brasil.