Folha Online | 29 de outubro de 2009 - 16:13

Dólar fecha a R$ 1,73; Bovespa dispara 5,40%

O mercado de câmbio doméstico trocou o dólar comercial por R$ 1,731, na venda, nas últimas operações registradas nesta quinta-feira. O valor representa um decréscimo de 1,36% sobre a cotação de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,779 e R$ 1,728. Na praça paulista, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,830, em queda de 1,61%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com ganhos de 5,40%, aos 63.411 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,36 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 1,84%.

As Bolsas de Valores têm um dia de forte recuperação, com o "entusiasmo" dos investidores pelo crescimento inesperado da economia americana, tal como divulgado hoje pelo governo. O nervosismo dos agentes financeiros, que puxou os preços do dólar em nível internacional na quarta-feira, teve um alívio na jornada de hoje, permitindo que as razões habituais agissem para determinar a cotação da moeda: a perspectiva de uma entrada expressiva de recursos externas na economia brasileira.

O Banco Central manteve sua prática de comprar diariamente moeda no mercado à vista e promoveu leilão por volta das 12h40, aceitando ofertas por R$ 1,7438 (taxa de corte). Até ontem, o nível das reservas internacionais do país estava em US$ 232,54 bilhões.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que regula o custo do dinheiro nos bancos, ajustou para cima as taxas projetadas para operações de prazo mais longo, após três dias de queda.

A ata do Copom (Conselho de Política Monetária), relativa à reunião da semana passada, revelou que o BC está preocupado com as pressões da demanda interna sobre a inflação. Mais tarde, o presidente do BC, Henrique Meirelles, apontou que "à medida que o Brasil continue com políticas responsáveis de estabilização, certamente há condições de continuar nessa trajetória [de queda] no futuro".

No contrato que aponta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista foi mantida em 8,64% ao ano; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,20% para 10,26%. Essas taxas são preliminares e ainda podem sofrer ajustes.