Em uma sessão marcada pela cautela diante da reunião do Federal Reserve, o dólar encerrou praticamente estável nesta quarta-feira, vendido a R$ 2,825.

De acordo com operadores, os investidores evitaram firmar posições antes da divulgação da decisão do Fed sobre a taxa de juros dos Estados Unidos (atualmente em 1,75%) às 17h15 (horário de Brasília), e a entrada de exportadores no mercado permitiu que o dólar recuasse.

A divisa recuou 0,07% sobre o fechamento anterior. Para Alexandre Vasarhelyi, responsável por câmbio do banco ING, em um dia de cautela, "o recorde do euro serviu de desculpa para o dólar cair (frente ao real)".

O euro atingiu novo recorde de alta sobre o dólar nesta quarta-feira, acima de 1,30 dólar, depois de dados da balança comercial norte-americana reforçarem a dependência dos Estados Unidos de grandes ingressos de capital para financiar o déficit externo.

O déficit comercial dos Estados Unidos caiu mais que o previsto em setembro, totalizando 51,6 bilhões de dólares, mas ainda é o terceiro maior da história.

Outro motivo citado por operadores para o declínio do dólar foram os dados de produção industrial brasileira divulgados nesta manhã.

"O mercado esperava uma queda e ficou estável, e isso acabou sendo bom", disse a operadora de câmbio de uma corretora.

A produção industrial ficou estável em setembro em relação a agosto, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ante uma previsão de queda de 0,2%.

Para José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação, os ingressos de recursos contribuíram bastante para leve recuo do dólar, ao contrabalançar a ação de um grande banco que está se destacando na ponta de compra. Trajetória
Durante o dia, o dólar comercial chegou a se desvalorizar em 0,11%, cotado a R$ 2,819 para compra e R$ 2,823 para venda.

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