A cotação do dólar comercial encerrou esta quinta-feira estável, a R$ 1,726 na venda, após ter passado o dia inteiro em alta. No mês, a moeda tem perda acumulada de 2,65%; no ano, de 26,02%.

Segundo analistas, a alta do dólar observada durante o dia hoje é devido a disposição de alguns investidores em fazer ajustes em sua carteira, motivados, principalmente, pela cautela em relação aos balanços de empresas que estão sendo divulgados.

"Os preços dos ativos financeiros globais subiram muito nos últimos meses e podem, realmente, estar precisando de pequenas correções", afirmou Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK Corretora, em relatório.

Outra justificativa para este ajuste citada por analistas era o crescimento da China. Embora a aceleração do PIB para 8,9% no terceiro trimestre já fosse esperada, eles acreditam que ela pode acarretar alguma mudança na política monetária do país.

 "Se houver uma retomada das disposições globais para os ativos de risco ao longo do dia por conta da agenda norte-americana,  o dólar pode voltar a cair", afirma Miriam.

No mercado futuro de dólar e de cupom cambial, praticamente não houve mudanças entre terça e quarta-feira. Os bancos seguem com a maior aposta na queda do dólar, com US$ 7,3 bilhões em posições vendidas na moeda norte-americana.

Na outra ponta estão os estrangeiros, que após as primeiras notícias sobre a taxação ao capital externo, na sexta-feira, engrossaram sua proteção a uma alta da moeda norte-americana, com US$ 6,1 bilhões em posições compradas.

No jargão do mercado de câmbio, posição vendida é a aposta na queda do dólar e posição comprada é a aposta na valorização da moeda.