Agência Brasil | 22 de outubro de 2009 - 06:59 INVESTIGAÇÃO

Congresso confirma criação de CPI mista para investigar MST

A criação da CPI mista do MST foi oficializada nesta quinta-feira no Congresso. A comissão pretende investigar o repasse de verbas públicas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A CPI mista foi criada com 210 assinaturas de deputados e 36 de senadores. Faltando apenas um minuto para as meia noite de quarta-feira, as lideranças da base aliada e da oposição chegaram à Secretaria-Geral do Congresso com os requerimentos para retiradas e adesões. Os governistas conseguiram convencer 23 deputados a desistirem da criação da comissão. No entanto, a oposição apresentou mais de 50 novos nomes e conseguiu levar adiante a CPI mista.

O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO) comemorou a vitória. "Eles conseguiram derrubar o laranjal mas não conseguiram derrubar a CPI mista", afirmou. Agora, a disputa se dará em torno do comando da CPI mista. Com a maioria, o governo promete fazer valer essa posição. "Agora prevalece a norma de proporção. O regimento e a prática do Congresso Nacional. O tamanho das bancadas, governo e oposição, faz com que a composição seja proporcional a essas bancadas", disse o vice-líder do governo na Câmara, Maurício Rands (PT-PE).

Esta é a segunda tentativa para a criação da CPI. Na primeira, há cerca de um mês, houve retirada de assinaturas. De acordo com a oposição, que recolheu as adesões, recursos federais são dirigidos a organizações não-governamentais (ONGs) que repassam o dinheiro para o MST.

O pedido foi apresentado na manhã dessa quarta-feira em sessão do Congresso, com 188 assinaturas de deputados e 35 de senadores.

Por temer a retirada em massa de assinaturas, como ocorreu da primeira vez, a oposição só protocolou o requerimento depois de ouvir do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) um compromisso de que haveria sessão do Congresso impreterivelmente na quarta-feira.