Folha Online | 19 de outubro de 2009 - 16:53

Dólar fecha a R$ 1,71; Bovespa ganha 1,98% e mantém 67 mil pontos

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,713 para venda, em alta de 0,29%, nas últimas operações desta segunda-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,722 e R$ 1,705. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,820, acréscimo de 0,55%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,98%, aos 67.511 pontos. O giro financeiro é de R$ 8,88 bilhões (inflação pelo vencimento de opções). Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 1,09%.

Profissionais de mercado avaliam que os negócios ainda refletiram, parcialmente, as notícias sobre uma possível taxação de operações de curto prazo no mercado financeiro. Mas sem maiores detalhes, a notícia teve impacto limitado.

No sábado, reportagem da Folha apontou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já autorizou a equipe econômica a redigir uma medida provisória para implementar a tributação sobre a entrada de capital estrangeiro. O Planalto não confirma a notícia.

"Achei até que o o mercado até poderia amanhecer um pouco estressado por causa disso, mas não foi o que ocorreu. O que mexeu mesmo com os negócios foram as declarações do Bernanke, mais otimistas sobre a economia americana, o que ajudou o mercado a melhorar. Essa alta no período da tarde pode ter sido por conta de alguma operação mais específica", avalia Glauber Romano, da mesa de operações da corretora Intercam.

O presidente do Federal Reserve (banco central dos EUA, Ben Bernanke, fez um apelo hoje para que o país comece a cuidar do deficit público (na casa do US$ 1,4 trilhão) para evitar desequilíbrios "insustentáveis" na evolução da econonomia. O mercado viu a declaração como mais um recado de que o momento de "apagar o incêndio" já passou e que está na hora de "arrumar a casa" (as contas públicas).

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que regula o custo do dinheiro nos bancos, elevou as taxas projetadas para operações de prazo mais longo.

No contrato que aponta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista subiu de 8,65% ao ano para 8,67%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,43% para 10,48%. Essas taxas ainda podem sofrer ajustes.