10 de novembro de 2004 - 08:00

Viana e Manoel acertam transição

Cláudio Xavier

O prefeito de Deodápolis, Luiz Ferreira Viana (PT), recebeu, ontem, no gabinete oficial da prefeitura o seu sucessor, professor Manoel José Martins (PSDB). O prefeito eleito e assessoria discutiram o processo de transição, quando também foram apresentado os nomes da comissão que receberá os relatórios e as informações da situação da administração municipal.
A cordialidade entre ambos deixou claro que a transição deve ocorrer em clima de tranqüilidade. Luiz Viana, por sua vez, adiantou que já determinou o levantamento do patrimônio e a documentação geral, que estará inteiramente disponível à comissão. “O novo prefeito está em casa, podendo iniciar hoje mesmo (ontem) os trabalhos de transição”, argumentou ele, afirmando que, “vamos facilitar ao máximo o acesso às informações, inclusive com uma equipe para organizar o processo”. Lamentando a forma de como recebeu a prefeitura, em janeiro de 2000, Viana comentou que, “não quero que Manezinho tenha as mesmas dificuldades, pelas quais passei quando assumi o governo”.
A comissão de transição, segundo Manoel Martins, deve instalar-se em uma sala na prefeitura, a partir do início de dezembro. “Mediante as colocações do atual prefeito, acreditamos que não há necessidade de apuros, pois o processo estará desenrolando gradativamente”, enfatizou o prefeito eleito. Ele observou que a facilidade na troca de governo, dispensa a paralisação das atividades. “A partir do momento em que estejamos cientes do mecanismo da máquina, a administração segue seu ritmo normal”, disse Manezinho, que exemplificou dizendo que “o hospital só pode continuar atendendo, se conhecermos o seu funcionamento e, até mesmo, o médico plantonista”.
O teor da reunião esteve baseado no parque rodoviário e, principalmente, na malha viária do município, considerando as fortes chuvas ocorridas nos últimos dias. Luiz Viana fez um prognóstico da atual situação das estradas do município, bem como do maquinário disponível no município. Ele também adiantou que todos os programas estão funcionando perfeitamente, bem como uma série de convênios encaminhados. “O prefeito vai receber a prefeitura funcionando em todos os setores, inclusive amanhã (ontem) estarei em Campo grande em busca de novos recursos”, colocou Viana.
O quadro funcional da prefeitura, conforme o atual prefeito, está aquém das necessidades do município, porém dentro das exigências legais. Hoje, o município possui, aproximadamente, 400 servidores públicos, considerando efetivos e os programas assistenciais. Os setores de educação e saúde atendem aos anseios da comunidade, explicou Viana, advertindo que o município tem uma das mais “pesadas” estruturas, apontando despesas consideráveis para manter o funcionamento do hospital municipal.
A administração deixa montada uma equipe do PSF (Programa de Saúde da Família), o que Luiz Viana considera o melhor programa na área de saúde. “Tentamos aumentar a equipe, mas o difícil é encontrar profissionais, verdadeiramente, empenhados em atender com responsabilidade e disciplina de horários”, destaca. O Pronaf também segue mantendo o atendimento aos mini e pequenos produtores rurais, emprestando serviços de assistência técnica e maquinário agrícola.
OBRAS
Luiz Viana reafirmou sua intenção em encerrar o mandato, cumprindo o programa de governo previsto. No setor de obras, em dezembro, deve inaugurar o novo prédio do Centro de Múltiplo Uso, já em fase de conclusão. Também, ainda este mês, estão previstos os lançamentos das obras de reforma geral do Hospital Cristo Rei e de construção do Posto do PSF.
Por fim, a nova administração municipal poderá iniciar o mandato com obras de asfalto no município, “pois estaremos deixando o projeto aprovado, com recursos de duas emendas parlamentares, que devem ser liberadas no começo do próximo ano”, frisou Viana.
Ao final, o prefeito eleito reafirmou ao Diário MS que o demonstrativo apresentado pela atual administração é a prova de que a tranqüilidade vai nortear os trabalhos de transição. “Viana está de parabéns e nós lucramos com isso”, disse Manezinho, concluindo ao citar que “somos dois funcionários públicos, portanto, temos a mesma linguagem”.
 
 
Diário MS