A Gazeta News | 16 de outubro de 2009 - 16:11

Mais de 2 mil casas foram atingidas pela tempestade em Amambai

Mais de 2 mil casas atingidas, 1.500 em perímetro urbano e 500 na zona rural, cerca de 7 mil pessoas desabrigadas ou parcialmente desabrigadas, 20 feridos, sendo dois com ferimentos graves (fraturas).

Esses são os números preliminares apresentados pela Prefeitura e pela coordenação municipal da defesa civil, para relatar a dimensão da tragédia causada pela tempestade de granizo que atingiu Amambai na madrugada dessa sexta-feira (16).

“É a maior catástrofe humanitária da história de Amambai”, disse o prefeito Dirceu Lanzarini que após visitar parte das áreas atingidas, logo nas primeiras, horas da manhã dessa sexta-feira esteve reunido com a Defesa Civil do município, com os comandos do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para traçar uma estratégia operacional para ajudar as famílias atingidas.

No final da manhã a Prefeitura e a Defesa Civil apresentaram o primeiro laudo preliminar com os números sobre a tragédia.

“Vamos decretar estado de emergência no município e não esta descartada a hipótese de se decretar estado de calamidade, já que muitas pessoas perderam tudo que tinham nas casas”, informou o prefeito Dirceu Lanzarini, que em parceria com a Câmara Municipal, anunciou a liberação de recursos emergenciais para aquisição de lonas, Eternit, colchões e cobertores para as famílias desabrigadas.

“Recebi uma ligação do Governador André Puccinelli e do Coordenador Estadual da Defesa Civil em Mato Grosso do Sul,onde se solidarizaram com o município por conta da situação a se propuseram ajudar Amambai”, disse o prefeito.
Mutirão de solidariedade foi montado

Um verdadeiro mutirão de solidariedade foi montado para auxiliar as famílias atingidas pela catástrofe dessa sexta-feira em Amambai.

A Vila Cristina, que geralmente é pacata e foi a mais atingida pela fúria da natureza, recebeu um movimento nunca visto antes, de curiosos que passavam de carro pelo local para observar, mas principalmente de pessoas residentes em outras localidades da cidade, dispostas a ajudar.

Militares do Exército Brasileiro lotados no 17º RC Mec, em Amambai, realizaram a distribuição de lonas e ajudaram cobrir as casas, com apoio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e voluntários do SAVE (Serviço de Atendimento Voluntário a Emergências) de Amambai.

Funcionários de todas as secretarias municipais também foram mobilizados pela administração e passaram a atuar na área atingida.

A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Amambai montou um “posto de atendimento” na sede da Associação de Moradores da Vila Cristina, que também teve a cobertura toda danificada, para atender as pessoas das vilas circunvizinhas atingidas e coletar e distribuição de materiais e donativos.

Na Vila Cristina, agentes da Assistência Social passaram casa por casa, cadastrando os moradores e avaliando os estragos causados pela chuva de granizo.

O abrigo de emergência montado pela Prefeitura de Amambai na Escola Municipal Antônio Pinto da Silva para amparar as pessoas desabrigadas, recebeu cadastros de 30 famílias atingidas pela catástrofe, mas com a melhora do tempo, todas acabaram voltando para suas casas para tentar salvar o que restou.

Casas atingidas na Aldeia

Na região da Aldeia Amambai, a mais populosa do município, com cerca de 7 mil índios da etnia guarani-kaiowá, inúmeras casas também foram danificadas pela chuva de granizo.

Segundo o prefeito Dirceu Lanzarini, o apoio as famílias atingidas na reserva indígena está sendo realizado por agentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e pela Funai (Fundação Nacional do Índio), com respaldo da Prefeitura local.

“Nossa meta é garantir condições que os moradores permaneçam em suas casas até que os reparos definitivos sejam realizados”, disse o prefeito ao ressaltar que a Secretaria de Assistência Social está lançando uma campanha de arrecadação de donativos para as famílias atingidas. “Precisamos de tudo, Eternit, colchões, cobertores e alimentos”, disse do prefeito.