Terra | 17 de outubro de 2009 - 07:31

Lei anti-fumo diminui número de infartos em fumantes passivos

 

Uma grande análise de estudos mostrou que as leis anti-fumo diminuem os casos de infarto relacionado ao fumo passivo e que essa diminuição continua a ser observada três anos após a implementação dessas leis.

Em artigo publicado no jornal CirculaFtion, da American Heart Society, os autores do trabalho relataram que, após a implementação de leis proibindo o cigarro em vários ambientes na Europa e nos EUA, o número de infarto foi 17% menor do que nos países onde não há restrições ao fumo.

As conclusões foram tiradas da meta-análise de 13 estudos. Os pesquisadores descobriram que as taxas de infarto começaram a cair imediatamente após as leis entrarem em vigor. Após um ano, a queda no número de infartos foi de 17% e, após três anos, de 36%.

Segundo o co-autor do estudo, James Lightwood, da Universidade da Califórnia em São Francisco, os efeitos observados são consistente com os riscos prováveis associados à exposição ao fumo.

Por exemplo, de acordo com as estatísticas 2009 de doenças do coração da American Heart Association, não fumantes expostos ao fumo passivo em casa ou no trabalho tem de 25% a 30% maior risco de desenvolver doença cardíaca.

De acordo com Lightwood, o estudo fornece evidência suficiente para estimular a criação de ambientes 100% livres de fumo. “Agora temos uma compreensão mais ampla do que acontece quando são feitas leis anti-fumo”, diz ele.

Para o porta-voz da American heart Association, David Goff, as evidências mostram que os benefícios são realistas e consistente com as estimativas sobre os danos causados pelo fumo passivo.

“É importante continuar criando, ampliando e aplicando leis anti-fumo. Elas representam uma estratégia de baixo custo para reduzir o número de infartos e, provavelmente, outras doenças cardiovasculares”, diz Goff.