O confronto entre Brasil e Gana não é dos mais tradicionais do futebol mundial. Mas esta máxima não vale nas categorias de base. Às 14h (de MS) desta sexta-feira, os dois países reeditam uma decisão do Mundial sub-20, no Cairo, movidos pela rivalidade já badalada entre as equipes mais jovens de ambas as nações.

"Já virou um jogo tradicional para as seleções mais novas. Todos sabem da força de Brasil e Gana nas seleções de base e não é à toa que vamos decidir o Mundial. Os dois lados já tiveram boas e más lembranças de quando se enfrentaram e essa geração sabe bem disso", destacou o meia Alex Teixeira, experiente no confronto diante dos africanos.

A rivalidade entre os países começou justamente em outra final de Mundial. A seleção verde-amarela levou a melhor sobre as Estrelas Negras pela primeira vez em 1993, quando faturou o tricampeonato do Sub-20 com uma vitória por 2 a 1. De lá para cá, Brasil e Gana tiveram uma série de outros duelos decisivos na base.

Outro confronto marcante aconteceu no Mundial sub-17 de 1995. Os africanos levaram a melhor na ocasião por 3 a 2, mas apenas dois anos depois perderam no mesmo campeonato ao ver o jovem Ronaldinho comandar a seleção verde-amarela em um triunfo por 2 a 1.

A geração brasileira deste Mundial também tem muitas lembranças de Gana. A equipe africana eliminou o time canarinho no último Sub-17, dois anos atrás. Desde então, Brasil e Gana não mudaram muito suas equipes até chegarem ao Mundial do Egito.

"É um confronto que ganhou muita força de uns anos pra cá. Eles estão com muita gente daquele Mundial e agora já os conhecemos melhor", ressaltou Giuliano, presente naquela partida. "São duas das maiores forças da base, que mereceram a vaga na final", completou o técnico Rogério Lourenço, que tenta levar o Brasil ao pentacampeonato.

O treinador não terá nenhum problema para a decisão desta sexta-feira. O lateral-esquerdo Diogo está recuperado das dores no tornozelo esquerdo e vai para o jogo, assim como o ala-direito Douglas, que cumpriu suspensão.

Gana, por sua vez, chega à partida embalada por sua força ofensiva. A seleção africana é liderada pelo atacante Dominic Adiyiah, artilheiro do Mundial com oito gols. Ao mesmo tempo, o time não inspira muita confiança na defesa, com média de 1,3 gols sofridos por duelo do Mundial.

"Somos os favoritos e estamos prontos para qualquer desafio. Jogamos um bom futebol em todo o torneio e não temos nenhum motivo para ficarmos nervosos. Temos o físico e a vontade para ganharmos", disparou o confiante técnico de Gana, Sellas Tetteh.