Diário MS | 16 de outubro de 2009 - 08:53

Indústria demite e Dourados é o pior no emprego em MS

Os saldos negativos dos setores da indústria e serviços levaram o município de Dourados a ficar com o pior saldo no emprego no mês de setembro. O saldo negativo foi de 193 vagas, resultado de 1.600 contratações contra 1.793 demissões. Foi o pior resultado do ano. Mesmo assim, o município ainda mantém o segundo melhor saldo acumulado do ano, perdendo apenas para Campo Grande. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
A indústria, o pior setor de Dourados, demitiu 630 trabalhadores e contratou apenas 459, resultando num saldo negativo de -171. O segundo pior setor foi o de serviços, com -105, referente a 545 demissões contra 440 contratações. Ao mesmo tempo, comércio e agropecuária foram fracos. O comércio, setor bom gerador de empregos, ficou com saldo de apenas 51 vagas, resultado de 513 contratações contra 462 demissões. Já o saldo da agropecuária é de 10 vagas (77-67).
Mas as demissões na indústria não são privilégio apenas de Dourados. Três Lagoas vêm enfrentando este problema desde o início do ano. Neste mês, o município ficou com saldo positivo no emprego de 28 vagas, resultado de 1.161 admissões contra 1.133 demissões. Mas o desempenho é pior que do ano passado. Lá, o pior setor foi a construção civil, com saldo negativo de 29 vagas (116-145). A indústria, apesar da baixa contratação ficou com saldo positivo de 13 vagas (375-362.
Naviraí, outra cidade que vinha tendo bom desempenho na indústria, ficou com o segundo pior saldo do Estado. Foram 395 demissões contra 340 contratações, resultando num saldo negativo de 55 vagas. A indústria ficou com saldo negativo de -13 (101-114), mas o pior setor foi a agropecuária, que ficou com -48 (59-107. O segundo pior setor foi o de serviços: -15 (56-71). O melhor foi a construção civil, com 26 (50-24).
O melhor saldo do emprego no interior foi o de Nova Andradina, que vem enfrentando boa fase na manutenção do emprego nos últimos meses. Foram 436 contratações contra 281 demissões, restando um saldo de 155. Lá, a indústria também não foi bem em setembro, como em todo o Estado, ficando com saldo negativo de 31 vagas (47-78), mas a boa fase da agropecuária garantiu o saldo positivo. O setor contratou 209 e demitiu apenas 71 trabalhadores, resultando num saldo de 138 vagas.
O maior empregador do Estado é Campo Grande, com saldo de 1.278 vagas, referente a 8.425 contratações contra 7.147 demissões. O melhor saldo na capital é o da indústria, ao contrário dos municípios do interior. Foram 1.259 contratações contra 702 demissões, resultando num saldo de 557. Dos setores importantes, Campo Grande não teve nenhum negativo. O segundo melhor foi o de serviços, com 423 vagas (3.251-2.828).
O Estado de Mato Grosso do Sul como um todo ficou com saldo de 2.238 vagas, oriundo de 18.817 admissões e 16.579 demissões. O crescimento na geração de empregos em relação ao mês passado foi de 0,57%. O melhor setor foi o da indústria, puxado por Campo Grande. O saldo foi de 768 (3.982-3.214), seguido da agropecuária, com 553 (3.273-2.720). O pior foi a extração mineral, com -11 (32-43). A construção civil teve saldo fraco, de 63 vagas (2.000-1.937).

BRASIL

No mês de setembro, foram criados no Brasil 252.617 empregos com carteira assinada, melhor saldo do ano e segundo maior para o mês na série histórica do Caged. Com o resultado, o saldo de 2009 chega a 932.651 empregos formais. No país há 32.925.953 trabalhadores celetistas, maior estoque da história.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, o Brasil poderá gerar até dezembro 1,1 milhão de empregos formais. “Os setores de Serviço e Comércio tendem a crescer, por conta do período de fim de ano, e a Indústria da Transformação apresenta crescimento contínuo, em todas assuas atividades, em todos os estados brasileiros, e há demanda para crescer mais”, explicou o ministro. “Estou falando há muito tempo que a crise acabou. Agora nem o mais pessimista entre os mais pessimistas poderá falar em crise”, lembrou Lupi.
O comportamento do emprego em setembro foi fortemente impulsionado pela Indústria de Transformação, que gerou 123.318 empregos formais e apresentou desempenho recorde para toda a série histórica do Caged, seguida pelos Serviços (62.768), Comércio (50.301), Construção Civil (32.667), Administração Pública (1.534) e Extrativa Mineral (1.136).
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