Hoje MS | 15 de outubro de 2009 - 15:01

Ferroviários de MS estão em greve novamente

Cerca de 200 ferroviários do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul iniciaram paralisação nesta quarta-feira (14). O motivo, segundo o próprio sindicato, seria a falta de pagamento dos salários e tickets alimentação.

Em nota, os trabalhadores alegam que a greve foi deflagrada depois de várias denúncias encaminhadas ao Ministério Público, todas relacionadas ao descumprimento de obrigações trabalhistas nos três anos de gestão da ALL (América Latina Logística), que, de acordo com os ferroviários, insiste na terceirização ilegal dos serviços da via permanente.

Além disso a falta de depósito de FGTS e o descumprimento de acordos - como o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com a empresa Salustiano e Salustiano no MPT (Ministério Público do Trabalho) - também seriam recorrentes, obrigando os funcionários a recorrer ao judiciário para receber o que lhes é devido por direito.

A reportagem tentou entrar em contato por telefone com a seção sindical de Três Lagoas, mas nao houve resposta.

A ALL divulgou nota à imprensa, e se defende das acusações dos trabalhadores. Confira o texto do documento na íntegra:

"Nota de esclarecimento
Funcionários da ALL não estão em greve

Em relação à greve noticiada pelos veículos de imprensa de MS, a ALL esclarece que:

- Os funcionários efetivos da América Latina Logística – ALL não estão em greve. A paralisação envolveu os colaboradores da empresa Salustiano & Salustiano, prestadora de serviços da ALL.

-  Os  contratos  de  prestação  de  serviços  firmados  junto  às empresas terceirizadas   exigem  o  pagamento  dos  funcionários  no  devido  prazo, recolhimento   de  impostos,  FGTS  e  demais  benefícios  de  direito  dos trabalhadores,  além  da  utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs),  de responsabilidade das empresas contratadas. Também é exigido das empresas   terceiras   que   forneçam  as  devidas  condições  de  trabalho  necessárias aos seus empregados.

- A ALL informa que repudia qualquer medida que prejudique os trabalhadores e  irá  notificar  a  empresa para que cumpra com as exigências em um prazo máximo  de  30  dias,  sob  pena  de  rescisão  do contrato de prestação de serviços.".