Folha Online | 13 de outubro de 2009 - 16:38

Dólar fecha a R$ 1,72, menor taxa desde setembro de 2008

O mercado de câmbio derrubou pela terceira sessão consecutiva a cotação da moeda americana, trazendo a taxa para seu menor nível desde 5 de setembro de 2008. Nas últimas operações registradas nesta terça-feira, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,727, em um declínio de 0,57%, em seu menor valor registrado hoje. No "pico" do dia, a moeda chegou a ser cotada por R$ 1,740. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi negociado por R$ 1,840, em um decréscimo de 0,54%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera com ganhos de 0,62%, aos 64.468 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,62 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,16%.

O Banco Central entrou no mercado de câmbio excepcionalmente após as 16h (hora de Brasília), realizando seu habitual leilão de compra. A autoridade monetária aceitou ofertas por R$ 1,7270 (taxa de corte).

A perspectiva de que o país receba um fluxo constante de recursos tem "garantido" uma tendência permanente de baixa para o câmbio. Profissionais de corretoras destacam a frequência dos lançamentos de ações no mercado brasileiro, operações que usualmente contam com franca participação de estrangeiros.

Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro já projeta uma taxa de câmbio mais baixa para o final deste ano: de R$ 1,80 para R$ 1,76. Para 2010, a projeção foi mantida em R$ 1,80.

Os economistas elevaram suas estimativas para o crescimento do país e a taxa Selic. A previsão para o aumento do PIB deste ano passou de 0,01% para 0,10%; para 2010, a estimativa é de que a economia do país cresça 4,80%, em vez dos 4,50% da projeção anterior. No caso da taxa básica de juros, as estimativas para dezembro de 2010 foram elevadas de 9,75% para 10,25%.

O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve superavit de US$ 361 milhões na segunda semana de outubro. A média diária de US$ 72,2 milhões, acima da registrada durante todo o mês de setembro, que foi de US$ 63,3 milhões.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que regula o custo do dinheiro nos bancos, ajustou para baixo as taxas projetadas para operações de prazo mais longo, sem exceção desta sexta-feira.

No contrato que aponta as taxas para janeiro de 2010, a taxa prevista cedeu de 8,70% ao ano para 8,69%; e no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,48% para 10,47%. Essas taxas ainda são preliminares.