Parlamentares da oposição conseguiram mais uma vez reunir nesta sexta-feira as assinaturas necessárias para a instalação de CPI que deverá apurar desvios de recursos repassados pela União ao Movimento dos Sem-Terra (MST).

Senadores e deputados do DEM e do PSDB afirmam terem reunido 172 assinaturas de deputados e 33 assinaturas de senadores. Para a instalação, são necessárias pelo menos 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

Apesar de estarem com o número suficiente de assinaturas, os parlamentares de oposição não devem protocolar a CPI nos próximos dias. A ideia é tentar reunir ainda mais adesões e evitar que uma nova retirada inviabilize a CPI.

Na semana passada, pouco antes de terminar o prazo para entrega do requerimento de criação da CPI Mista e após leitura em Plenário, os governistas conseguiram retirar 45 assinaturas, o que acabou inviabilizando a instalação da comissão.

De acordo com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), na próxima terça-feira deverá ser decidido quando a comissão será instalada. Segundo ele, além das denúncias de irregularidade, a CPI deverá debater também mudanças na atual estrutura dos assentamentos.

"Vamos nos reunir para decidir os próximos passos. A CPI mudou o foco, vai propor investigação dos repasses federais, dos repasses internacionais que o MST tem recebido, além de fase propositiva para rever o modelo assentamentos", disse.