Mídia Max | 9 de outubro de 2009 - 09:25

Famasul cobra da bancada federal de MS, apoio à CPMI do MST

Frente aos últimos acontecimentos envolvendo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ademar da Silva Júnior afirmou que vai cobrar, da bancada federal do Estado, a responsabilidade e o apoio para se criar uma Comissão para investigar o assunto.

Uma das defensoras da proposta da CPMI é a presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO). Na última terça-feira (6), integrantes do movimento ocuparam uma fazenda no interior paulista e destruíram parte de um pomar de laranjas.

Na opinião do presidente da instituição, a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Senado com o objetivo de investigar a denúncia sobre os supostos contratos irregulares entre o MST e o governo, é imprescindível. “Estamos em um momento, onde mais do que nunca precisamos que esses fatos sejam investigados e discutidos no Brasil e por isso vou cobrar essa preocupação da bancada federal de Mato Grosso do Sul”, afirma Silva Júnior.

No Estado a bancada federal é composta por oito deputados e três senadores. Ademar garantiu que levará o assunto a todos eles.

Senadores

Ainda no último dia 6, durante o período de ocupação da fazenda, o senador Valter Pereira (PMDB-MS), presidente da Comissão de Agricultura do Senado afirmou que deve haver um instrumento que permita investigar o MST, bem como os repasses federais para o movimento e os supostos financiamentos internacionais. Ele também não poupou críticas ao presidente do Senado, José Sarney que, na semana passada, teria dito que uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do MST serviria para desestabilizar os movimentos sociais.

A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) considerou a ação do MST um crime. Segundo ela, o Brasil não pode desprezar ações antiéticas e imorais. “Ninguém pode ser contra os movimentos sociais, mas se alguém for a favor do crime e da desorganização, aí sim, esse será um assunto sério a ser discutido pelo Senado.”

Até o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) condenou a atitude do movimento. De acordo com ele, essas ações não ajudam a causa da reforma agrária. “Todas vez que o MST faz acampamento em fazendas improdutivas, ele ganha adeptos.”