Conjuntura | 7 de outubro de 2009 - 17:33

PMDB formalizará apoio à candidatura de Dilma

A oito meses da convenção partidária que vai definir quem o PMDB terá como candidato à presidência da República, a cúpula do partido decidiu formalizar o apoio à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a indicação de um peemedebista para a vice-presidência da chapa.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), vai informar Lula, amanhã, do resultado do jantar de ontem à noite, no qual setores do partido aprovaram por unanimidade o acordo.

O PMDB espera que, já na próxima semana, Lula reúna o PMDB e o PT para sacramentar o que vem sendo chamado de pré compromisso.

Os dois partidos vão deixar claro que estarão juntos na disputa presidencial em 2010. O partido não apresentará o nome do vice agora, mas Temer é o cotado para o cargo.

"O PMDB está pronto para sinalizar ao País inteiro que, coerentemente, estaremos juntos no palanque de Dilma", afirmou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), organizador do jantar.

A partir de agora, o partido vai buscar acordos nos Estados e os votos dos convencionais para garantir em junho a aprovação da aliança nacional.

"Com o pré compromisso acertado, vamos nos dedicar, como aliados, a tentar resolver as questões nos Estados", disse Henrique Alves.

O líder considera que o pré-acordo vai acabar com inseguranças e inquietações no partido. "Vamos cessar as especulações e definir o rumo (do partido e da aliança)", continuou o líder.

Peemedebistas que enfrentam problemas estaduais para fechar acordo com os petistas estavam presentes e aceitaram a decisão do partido de aliança nacional com o PT e Dilma.

A cúpula partidária considera que em alguns Estados será quase impossível fechar uma aliança dos dois partidos e a disputa será inevitável. Esse é o caso, por exemplo, da Bahia.

O ministro de Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse, durante o jantar, ser irreversível sua decisão de disputar o governo do Estado contra o governador Jaques Wagner (PT), que deseja a reeleição.