A fusão de grandes redes de frigoríficos no País, a exemplo do JBS-Friboi e Bertin na semana passada, não preocupa a classe trabalhadora. Pelo contrário, ela tem a expectativa de crescimento do setor e, consequentemente de o aumento das contratações. A opinião é de Vilson Gimenes Gregório, presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Mato Grosso do Sul – FTIA/MS.

Os frigoríficos do Estado, segundo ele, já recontrataram mais de 4 mil trabalhadores demitidos pela “crise da carne” registrada desde o final do ano passado até meados deste ano. Neste segundo semestre, segundo Vilson, o quadro econômico pecuário começou a mudar com a reabertura e fusões de frigoríficos.

Para o sindicalista, “a expectativa nesta reta final do ano é de contratação e empregados. Não temos dúvida de que o setor vai crescer principalmente com o retorno às exportações”, comentou.

A fusão do JBS-Friboi e Bertin, segundo Gimenes, foi a quinta operação gigante registrada no Brasil nos últimos 18 meses. Essa e as demais fusões tiveram o apoio do BNDES, que garante, na opinião do sindicalista, uma estabilidade dos negócios.

Vilson Gimenes disse também que tem acompanhado os pronunciamentos recentes do presidente do grupo (JBS-Friboi e Bertin) empresário José Bastista Júnior, que tem garantido crescimento dos negócios que, consequentemente irão repercutir na contratação de novos profissionais no mercado. O sindicalista calcula que ainda este ano os frigoríficos vão contratar cerca de 2 mil profissionais no Estado. “Com isso resolvemos o problema das demissões ocorridas no período de crise”, comentou. Ele não descarta a possibilidade desse número ser superado consideravelmente. “O mercado promete”, jutifica.