Em busca de representatividade política, os povos indígenas de Mato Grosso do Sul deverão lançar ao menos 3 candidaturas nas eleições do ano que vem. Os nomes ainda não estão definidos, mas para deputado estadual o caminho deverá ser de duas candidaturas, segundo o prognóstico do líder indígena Marcos Terena que está filiado ao PPS.

Outro indígena deverá concorrer à vaga na Câmara Federal. Marcos Terena disse que ainda é cedo para falar os nomes já que todas as candidaturas e siglas serão definidas dentro das aldeias. “Depois de Márcio Juruna, do Rio de Janeiro, nunca mais tivemos um representante em Brasília (DF)”. “Hoje em Mato Grosso do Sul quais os projetos dos deputados voltados para as políticas indígenas? Não existem”.

Mato Grosso do Sul é dono da segunda maior população indígena do País com 70 mil habitantes, segundo Marcos Terena. São 20 mil eleitores que definem os pleitos em cidades ao Sul do Estado como Japorã, Amambaí, Antônio João e Caarapó. A influência política também é presente em Miranda, Aquidauana, Sidrolândia, Nioaque e Dois Irmãos.

Segundo a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), as etnias de Mato Grosso do Sul são Atikum; Guarany (Kaiowá e Nhandewa); Guató; Kadiwéu; Kamba; Kinikinawa; Ofaié; Terena e Xiquitano.