8 de novembro de 2004 - 07:13

Professor deve ter perfil adequado para lecionar em presídio

O professor de matemática que atua na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, Moacir Moreira Borges Júnior, acredita que não há dificuldades em trabalhar com alunos internos de estabelecimentos penais. Para ele, o alunado interno reserva mais respeito ao professor que alunos de escolas regulares, porque tem maior interesse em aprender.

A professora do 1º segmento (correspondente a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries), Margareth Miranda Tumi Rosa, diz que foi difícil a adaptação às salas de aula da penitenciária e, como forma de superar as dificuldades, começou a trabalhar para elevar a auto-estima dos internos, o que tem garantido resultados positivos, como o nível de exigência dos alunos.

O estudante Renato Cordeiro, por exemplo, aponta que, antes da criação da escola, o professor entrava na sala de aula, passava o conteúdo no quadro e sentava na mesa. “Hoje, não. O professor estimula a gente e aí temos rendimento”, enfatiza o aluno.

Antes de começar a atuar nos estabelecimentos penais, os professores passam por uma capacitação que seleciona apenas candidatos que se ajustam aos critérios exigidos. Entre as condições determinadas para o trabalho está o poder de administrar conflitos.
 
APn