5 de novembro de 2004 - 14:19

Citadini pede discussão interna sobre parceria do Timão

Nesta sexta-feira acontece a reunião do conselho deliberativo do Corinthians que decidirá a aprovação ou não da parceria do clube com a empresa MSI. Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol e membro do conselho, declarou nesta manhã que espera que o encontro seja esclarecedor.

Para ele, a reunião deve servir, antes de tudo, para que se discuta cada aspecto do acordo. “Essa discussão é interna. O clube tem maturidade suficiente para discutir isso e resolver esse assunto”, afirmou o dirigente à rádio Jovem Pan. “Teremos condições de fazer uma boa discussão para decidir os rumos do clube. É subestimar as pessoas dizer que ninguém vai refletir sobre isso”.

Sempre direto, Citadini criticou a postura de alguns conselheiros do Timão que foram à imprensa debater o assunto publicamente. “Esse assunto deve ser tratado dentro do clube. Porque algumas pessoas têm ido a programas de televisão e falam como candidato em campanha de eleição. Se somar todas as promessas feitas pela Marta (Suplicy) e pelo (José) Serra, ainda será menor do que vimos em alguns desses programas”.

Antes tido como um dos opositores à parceria, o vice-presidente de futebol sinalizou uma mudança de postura. Ele explicou que ainda está colhendo dados para poder votar na reunião desta sexta. “Eu acho que tem questões novas a serem discutidas. Hoje, por exemplo, saiu em alguns jornais que quem está mesmo por trás do negócio é o Boris Berezovsky. Isso, até agora, não tinha sido discutido. Aliás, isso estava sendo negado veementemente até então”.

Outra crítica feita pelo dirigente foi às especulações sobre jogadores como Tévez e Robinho. “Eu acho que essa discussão não interessa ao time nem ao clube nem ajuda a parceria. Porque ficam falando dos jogadores e esquecem de discutir a parceria. Mas felizmente acho que esse assunto já está vaziado. Aliás, quem esvaziou foi justamente o torcedor do Corinthians”.

Ainda sobre rumores, Citadini deixou claro que é contrário à contratação de Wanderley Luxemburgo ou de qualquer outro treinador para o lugar de Tite. ”Nós temos um técnico de qualidade, que fez um trabalho exemplar nessa temporada, que tem a aprovação dos jogadores. Esse negócio de falar em novo técnico não interessa a ninguém”.

Sobre a possibilidade de deixar o Corinthians no caso de o acordo com a MSI ser aprovado, Citadini foi enfático. “Eu não deixo o Corinthians em hipótese nenhuma, nunca. Sou conselheiro do clube e vice-presidente de futebol eleito”.

 

 

Gazeta Esportiva