5 de novembro de 2004 - 07:38

"MSR–Movimento dos Sem Representação" de Antonio Néres

MSR – MOVIMENTO DOS SEM REPRESENTAÇÃO

 

*Por Antonio Néres

Faça parte de uma categoria de brasileiros que cada dia engrossa mais: o MSR - Movimento dos Sem Representação ou Movimento dos Subrepresentados! Envie para seu representante político os seguintes termos de conduta política:

Se você é candidato e quer efetivamente ser eleito, renuncie a todos os privilégios corporativos dos políticos profissionais. Por que o corporativismo político é o pior dos corporativismos, pois é o que garante a manutenção de todos os demais e trava o espetáculo, não apenas do crescimento, mas de seu motor que é uma verdadeira cultura de cidadania! E, como teste de sua real disposição, queremos que assuma os compromissos do seguinte Decálogo do Cidadão Eleitor:

1. Renuncie ao privilégio de recessos remunerados de noventa dias de férias, que nenhum cidadão trabalhador ou empresário brasileiro tem;

2. Renuncie aos polpudos jetons por convocações extraordinárias ou verbas de ajuda de custos;

3. Renuncie a nomeações de parentes a cargos de confiança, empregando apenas os funcionários de carreira e transferindo os excedentes para as funções fim de atendimento aos cidadãos comuns;

4. Renuncie a apoios financeiros não declarados para sua campanha e divulgue na internet toda e qualquer contribuição recebida;

5. Renuncie a qualquer barganha política para votar matérias de interesse do executivo em troca de obras, cargos, nomeações, viagens em missões oficiais etc;

6. Renuncie a quaisquer compromissos fisiológicos com os caciques partidários e reassuma publicamente os compromissos com seus próprios eleitores;

7. Renuncie a votar qualquer projeto de isenções, incentivos ou subsídios que implique na diminuição da receita fiscal do Estado;

8. Renuncie à aprovação de contas já recusadas pelos tribunais de contas;

9. Renuncie à adesão a todo e qualquer lobby contra a reforma e o controle externo do judiciário e a revisão dos códigos processuais;

10. Renuncie, enfim, ao voto obrigatório e assuma o compromisso público com uma reforma política que defenda mais os cidadãos eleitores do que os políticos eleitos.

Em julho passado, os principais jornais do país noticiaram que dez deputados federais abriram mão da ajuda de custo de 25.400 reais pela convocação extraordinária do Congresso. Este é de fato um gesto de cidadania exemplar que temos o dever de alardear. E de proclamar aqui os nomes dos mesmos:

·                                 Mauro Passos e Cláudio Vignati, de Santa Catarina.

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