Gordura "pode ajudar a combater tuberculose"
Pesquisadores da Alemanha e de Portugal descobriram que alguns tipos de gorduras, encontradas nos alimentos ingeridos diariamente pelas pessoas, podem ajudar a combater a tuberculose.
A doença mata cerca de 2 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. No Brasil, a Fundação Nacional de Saúde acredita que a tuberculose provoque a morte de 4 a 5 mil pessoas por ano.
De acordo com a nova pesquisa, publicada na revista especializada Nature Cell Biology, alguns ácidos graxos, como o ácido araquidônico (encontrado na carne), poderiam prevenir um mecanismo do bacilo que causa a tuberculose, por meio do qual ele neutraliza o trabalho de células de defesa do organismo.
Os cientistas, contudo, dizem que mais estudos ainda precisam ser realizados para se descobrir como as propriedades dessas gorduras poderiam ser usadas.
A tuberculose, que ataca principalmente os pulmões, é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis).
O corpo emprega as células brancas do sangue, chamadas de macrófagos, para combater bactérias nocivas.
No caso da tuberculose, porém, o bacilo de Koch faz uso de um mecanismo que impede que os macrófagos passem por certas mudanças a fim de liberar enzimas e ácidos que destruiriam a bactéria.
O efeito das gorduras seria evitar, justamente, essa ação preventiva do bacilo de Koch, permitindo que o sistema imunológico trabalhasse de forma mais eficiente.
No entanto, os pesquisadores alertam que, se algumas gorduras parecem ser benéficas nesse contexto, outras – como as gorduras do tipo Omega-3, encontradas em peixes – têm um efeito negativo, prejudicando a luta do organismo contra bactérias.
"Uma análise mais detalhada do sistema (...) pode ajudar a identificar classes de lipídios que podem ser mais eficientes, usadas juntamente ou paralelamente com antibióticos", diz o artigo no Nature Cell Biology.
Um professor de microbiologia da escola médica St. George`s, de Londres, disse à BBC que é improvável que pessoas sejam aconselhadas a ingerir certos tipos de alimentos para prevenir a tuberculose.
"Esse é um estudo bastante interessante, mas fala mais de um fenômeno interessante do que de um possível tratamento", disse Anthony Coates. (bbc)
A doença mata cerca de 2 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. No Brasil, a Fundação Nacional de Saúde acredita que a tuberculose provoque a morte de 4 a 5 mil pessoas por ano.
De acordo com a nova pesquisa, publicada na revista especializada Nature Cell Biology, alguns ácidos graxos, como o ácido araquidônico (encontrado na carne), poderiam prevenir um mecanismo do bacilo que causa a tuberculose, por meio do qual ele neutraliza o trabalho de células de defesa do organismo.
Os cientistas, contudo, dizem que mais estudos ainda precisam ser realizados para se descobrir como as propriedades dessas gorduras poderiam ser usadas.
A tuberculose, que ataca principalmente os pulmões, é causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis).
O corpo emprega as células brancas do sangue, chamadas de macrófagos, para combater bactérias nocivas.
No caso da tuberculose, porém, o bacilo de Koch faz uso de um mecanismo que impede que os macrófagos passem por certas mudanças a fim de liberar enzimas e ácidos que destruiriam a bactéria.
O efeito das gorduras seria evitar, justamente, essa ação preventiva do bacilo de Koch, permitindo que o sistema imunológico trabalhasse de forma mais eficiente.
No entanto, os pesquisadores alertam que, se algumas gorduras parecem ser benéficas nesse contexto, outras – como as gorduras do tipo Omega-3, encontradas em peixes – têm um efeito negativo, prejudicando a luta do organismo contra bactérias.
"Uma análise mais detalhada do sistema (...) pode ajudar a identificar classes de lipídios que podem ser mais eficientes, usadas juntamente ou paralelamente com antibióticos", diz o artigo no Nature Cell Biology.
Um professor de microbiologia da escola médica St. George`s, de Londres, disse à BBC que é improvável que pessoas sejam aconselhadas a ingerir certos tipos de alimentos para prevenir a tuberculose.
"Esse é um estudo bastante interessante, mas fala mais de um fenômeno interessante do que de um possível tratamento", disse Anthony Coates. (bbc)